São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 1996
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Professor da USP é o novo diretor do MAM

DA REPORTAGEM LOCAL

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) inaugura uma agenda de novos projetos, com a nomeação do historiador, crítico de arte e professor da Escola de Artes da USP, Tadeu Chiarelli, 39, como diretor.
Chiarelli -que toma posse em abril no lugar de Cacilda Teixeira da Costa- diz que vai retomar a tradição do MAM como centro cultural, incentivar a pesquisa e a entrada no circuito das mostras internacionais através de instituições estrangeiras e nacionais.
"A exposição Miró é um exemplo. Anita Malfatti teve sua última retrospectiva em 1985, mas já programamos uma outra mostra para 1997, com curadoria de Marta Rosseti, especialista na pintora", diz Chiarelli.
O MAM deverá estabelecer uma vitrine da pesquisa de arte. "Há uma pesquisa do professor Walter Zanini sobre Vicente do Rego Monteiro. O resultado será uma exposição e um livro, além de uma retrospectiva prevista para o início de 1997", diz Chiarelli.
Segundo ele, a presidente do MAM, Milu Villela, vem articulando as exposições internacionais. "Os contatos avançados são com o Centro Georges Pompidou, na França. Em Portugal e na América Latina também há projetos", afirma Chiarelli.
O resultado mais visível da aproximação com instituições latinas é a mostra do uruguaio Joaquín Torres-Garcia, pioneiro do abstracionismo latino-americano, programada para junho.
Segundo Chiarelli há possibilidade de trazer uma mostra da produção européia da segunda metade do século 20 no segundo semestre do próximo ano.
Entremeando os eventos internacionais o novo diretor pretende montar exposições de grandes artistas brasileiros.
Uma exposição de ilustrações e murais de Cândido Portinari, no Espaço 1, está agendada para 30 de abril. No mesmo período, uma exposição comemorativa do centenário de Alfredo Volpi está marcada para o espaço do acervo, e incluirá palestras e debates.
Anna Bella Geiger, Baravelli e Eduardo Jardim são os outros nomes programados para 1997.
A ampliação do acervo é outra prioridade. "Devemos debater quais são as lacunas do acervo e avaliar se é crucial enfatizar a arte nacional ou retomar o projeto de comprar arte internacional", diz Chiarelli.
A nova geração também tem lugar na nova agenda do MAM. "Uma vez por ano teremos uma exposição para discutir a produção da cena contemporânea", diz ele.

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