São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Consumo acelera projeto de nova refinaria

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O crescimento de 7,4% no consumo de derivados de petróleo em 1995 acendeu o sinal vermelho na Petrobrás em relação à capacidade de refino da empresa e, segundo seus técnicos, torna mais urgente uma definição sobre a construção de uma nova refinaria no país.
A Petrobrás tem atualmente capacidade para refinar por dia 1,5 milhão de barris de petróleo, e o consumo em 95 alcançou 1,45 milhão de barris/dia.
Apesar de a empresa ter obras de ampliação em andamento em várias das suas 11 unidades de refino, a construção de uma nova unidade é considerada inevitável para suprir as necessidades do país a partir de 1999.
Essa nova refinaria está programada para ser construída no Norte ou Nordeste do país, com capacidade para refinar 200 mil barris de petróleo por dia. O custo da nova fábrica é estimado em US$ 1,6 bilhão. Pelo projeto original, ela deveria começar a ser construída em meados deste ano.
A disputa entre cinco Estados -Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco- pelo direito de sediar a unidade acabou levando o governo a um adiamento político da definição do local e, em consequência, do início da obra.
Serra
O ministro José Serra (Planejamento) disse ontem que o governo não vai privatizar "nada" da Petrobrás. "O governo vai é abrir para entrar capital privado. Mas, não há ainda a perspectiva de venda de ativos na área de petróleo".
Serra disse que quando o presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, defendeu a venda da Petrobrás, não estava falando em nome do governo.
"Ele não vê obstáculos (à venda da estatal) como uma posição pessoal. Não existe nenhuma dissonância dentro do governo a esse respeito", disse.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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