São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996 |
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Usuário 'segue' ladrão e comunica acidentes
AURELIANO BIANCARELLI
"Mais de 90% dos entrevistados disseram que o celular seria útil em emergências", diz Gilson Rondinelli Filho, da Telesp. Foi um celular que salvou dois investigadores particulares de São Paulo que seguiam um homem pelas ruas do Rio. O homem, um comerciante de São Paulo, estava sendo investigado a pedido da mulher, que suspeitava de um caso extraconjugal. Sem saber, os investigadores entraram com o carro numa área controlada por traficantes da favela do Jacarezinho. "Eles seriam executados se não fossem avisados a tempo pelo celular que levavam no carro", diz Angela Bekeredjian, que comandou a operação. O homem investigado tinha se apaixonado por uma traficante da favela e os investigadores tinham sido jurados de morte. Boa parte dos acidentes nas estradas chega à Polícia Rodoviária e aos bombeiros por intermédio de motoristas que ligam pelo celular. É também dos celulares que partem com mais frequência as chamadas "ocorrências policiais dinâmicas". Em geral, são pessoas que observam um assalto e seguem os ladrões, informando o itinerário à polícia. Foi assim com Luiz Carlos Brás de Souza, um investigador de polícia que reconheceu dois ladrões num posto de serviço da zona sul. O engenheiro Ciro Granato estava sendo levado como refém. Souza entrou em contato com a PM e seguiu o carro dos ladrões, informando o itinerário pelo celular. Os assaltantes foram presos e o engenheiro libertado. Durante um assalto a um banco da zona oeste, em setembro passado, um comerciante viu quando dois ladrões entraram na picape que pertencia a um amigo seu. O comerciante chamou a polícia pelo celular e seguiu os ladrões. Quando os assaltantes foram presos, o comerciante descobriu que o amigo também participava do roubo. Texto Anterior: Celular vira salva-vidas e objeto de trabalho Próximo Texto: Polícia recomenda cuidados Índice |
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