São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996
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Estratégia tem motivado calotes

AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

A estratégia de montar enredos para atrair patrocinadores para os desfiles, nova tendência das escolas de samba do Rio, não está dando certo este ano. São comuns as reclamações das escolas em relação a supostos calotes de beneficiários dos enredos.
A Mangueira, que homenageia o Maranhão em "Os Tambores da Mangueira na Terra da Encantaria", recebeu apenas R$ 50 mil do governo maranhense, segundo o presidente da escola, Elmo José dos Santos.
Segundo Santos, a promessa de ajuda financeira de R$ 300 mil foi feita pelo irmão da governadora Roseana Sarney (PFL), Fernando Sarney. Os dois filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negam o acordo com a verde-e-rosa.
A Unidos da Tijuca também protesta contra a falta de verbas que a escola esperava receber do governo alagoano para tocar o enredo "Ganga Zumbi, a Expressão de uma Raça". A diretoria da escola garante que houve promessa de ajuda de R$ 500 mil.
No ano passado, a Imperatriz Leopoldinense, campeã, foi mais feliz ao explorar um enredo ambientado no Ceará. O governador Tasso Jereissati (PSDB) liberou R$ 100 mil e conseguiu outros R$ 100 mil com empresários locais.
O carnavalesco Max Lopes, da Vila Isabel, ficou frustrado por não conseguir do governo gaúcho apoio para o enredo "A Heróica Cavalgada de um Povo".
Na Caprichosos de Pilares, a bronca é com o governo da Bahia, que até agora não desembolsou um centavo para que um dos carros alegóricos enfatize o cacau baiano no enredo "Samba, Sabor Chocolate".
(AF)

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