São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996 |
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Professor usa aparelho para tirar dúvida de aluno
AURELIANO BIANCARELLI
Às vésperas das provas da Fuvest, o telefone do professor não parou de tocar. "Desligava da meia-noite às 6h30 para dormir. Aí começava tudo de novo." No dia do vestibular, assim que a prova de biologia terminou, Castro já estava com as respostas na mão. "Os alunos me ligavam de todos os lugares para conferir os resultados", diz. Castro dá aula em cursinho e em faculdade. "Saía de manhã e voltava à noite, estava perdendo os amigos. Só retomei o contato depois que troquei o telefone de casa por um celular." A troca facilitou também para a escola. "Se precisam de mim, eles me acham em qualquer lugar." É esse "estar ao alcance" possibilitado pelo celular que levou Marcela Newmann a comprar um aparelho. Marcela, 24, cabelos longos e ruivos, diz ser a primeira travesti do Brasil a trabalhar com clientes só pelo celular. "Só atendo clientela de elite. O cliente me liga do motel e eu vou ao seu encontro com meu carro. A privacidade fica garantida." O programa custa R$ 300,00. O taxista Antonio Imaculado Felix não reclama do gasto que teve com seu celular veicular, aparelho que só pode ser usado dentro do carro. No cartão que distribuía aos clientes, Felix se apresentava como Antonio do Voyage. Um ano depois, já é o Antonio do Santana. "Além da clientela, a mulher e as crianças sempre sabem onde me achar." (AB) Texto Anterior: Aparelho 'salva' compromisso Próximo Texto: Promoter fala até andando de moto Índice |
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