São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996![]() |
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Corretagem de imóveis deixa de ser bico
LUÍS PEREZ
Nos últimos cinco anos, a atividade tem deixado de ser encarada como um bico e passou a render uma remuneração gorda -que chega a R$ 7.000 ou R$ 8.000. Para exercer a atividade, é preciso passar por um curso de técnico em transações imobiliárias -pode ser feito por sistema de ensino à distância- e obter registro no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). O mercado exige um corretor cada vez mais especializado. "De 1970 a 1990, houve um aumento real, em dólar, de cerca de 500% no preço do imóvel. Isso elitiza o mercado e requer mais do corretor", raciocina Roberto Capuano, 52, presidente do Creci. Segundo ele, que começou sua carreira como corretor aos 19 anos, o novo perfil é de um profissional que ouve mais e fala menos. "Falar é prata, ouvir é ouro", diz Claudio Queiroz, 47, diretor comercial da agência Pacaembu da Camargo Dias, empresa que reúne 500 corretores. Prova de que há um investimento na qualificação é que a empresa está inaugurando o primeiro centro de treinamento. "Estamos abrindo o mercado", afirma Marcos Lopes, 33, vice-presidente da Lopes, que reúne cerca de 300 corretores, dos quais 40% são mulheres e 80% têm nível universitário. Ele diz que ótima aparência não é só o que conta. "O corretor precisa estar tecnicamente preparado e dominar a arte da venda." A profissão não trabalha com salário fixo, só com comissões. Na Lopes, a venda de três apartamentos de três dormitórios, na faixa de R$ 180 mil cada um, pode render cerca de R$ 5.000 de uma vez. Para João Barqueiro, 55, presidente da Câmara de Valores Imobiliários do Estado -instituição que existe há 54 anos e congrega 80 corretores de elite-, este ano vai ser propício para compras. "O corretor é agora um profissional muito mais respeitado. Virou um consultor de negócios." Texto Anterior: Professores têm 13 vagas em Brasília Próximo Texto: Confira 130 oportunidades em SP Índice |
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