São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996 |
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Brasileiro é o campeão mundial de bodyboarding
CÉLIA ALMUDENA
Se as meninas brasileiras já cansaram de provar e comprovar que são as melhores do bodyboarding no mundo, chegou a vez de os garotos mostrarem que também são bons nesse esporte. É a segunda vez que Guilherme conquista esse título, a primeira aconteceu em 94. Mas este ano a vitória teve um sabor especial: foi a primeira vez que o esporte teve um circuito mundial, com oito etapas. Antes o campeão mundial era definido em uma única disputa, realizada anualmente no Havaí. "Desta vez o título parece mais sério. É algo do tipo: um campeão mundial de verdade. Mesmo porque não é justo definir um título mundial em um só campeonato", diz Guilherme. O Circuito Mundial de 1995 contou com oito etapas. A última tinha uma pontuação maior (valia 2.000 pontos). Como seu principal adversário, o havaiano Mike Stewart (nove vezes campeão do mundo), também estaria na final, Guilherme tinha de garantir, no mínimo, a terceira colocação para trazer o título para o Brasil. E foi exatamente o que aconteceu na última disputa em Pipeline. Em ondas com tamanho entre 1,5 a 2,0 m, ele terminou em terceiro. Stewart venceu. Conspiração "Foi maravilhoso levar o título, principalmente porque havia muita pressão aqui no Havaí. Só para você imaginar, a apelação era tanta que, antes e durante o campeonato, queriam mudar as regras do jogo para tentar dar o título para o Mike", diz. O brasileiro conta também que dentro da água o "complô" também foi grande. A última bateria contou com quatro atletas na água: Guilherme, Mike, o havaiano Spencer Skiper e o sul-africano Alistair Taylor. "Eles ficaram me marcando o tempo todo. Mas a vitória de Mike foi incontestável. Ele ganhou disparado." Parceiro do jornalista Alexandre Cobra no livro "Na Onda com Guilherme Tâmega" -uma espécie de visão masculina de "Confissão de Adolescentes" de Maria Mariana-, lançado em 94, Guilherme mora na Califórnia (EUA), onde cuida da fabricação de suas pranchas. No Brasil, ele abriu a Body Rider, que representa a venda de suas pranchas e de sua marca de roupas, a Wave Trunk. A empresa é "tocada" por sua família. Guilherme deve ficar no Havaí até o início de março. Esta semana começa a etapa havaiana do mundial feminino e ele estará torcendo por sua namorada, a bodyboarder carioca Daniela Freitas. "Ela não tem chances de levar o título mundial, já que não disputou nenhuma outra etapa. Mas com certeza ela vai vencer a etapa", garante Guilherme. Texto Anterior: Traje foi proibido por Jânio Quadros Próximo Texto: Circuito terá dez etapas em 96 Índice |
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