São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996 |
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CUT tenta adiar votação da Previdência
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Vicentinho vai se reunir com líderes de partidos, com os presidentes da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e do Senado, José Sarney (PMBD-AP). "Não há pressa. Queremos que o governo primeiro feche acordo com as centrais e o Congresso." O presidente da CUT conseguiu agendar para quinta-feira nova reunião com o governo para "continuar as negociações". Devem participar do encontro, de acordo com Vicentinho, os ministro do Trabalho, Paulo Paiva, e da Previdência, Reinhold Stephanes. "Insistimos na necessidade de manter a aposentadoria proporcional, por exemplo", disse. A direção nacional executiva da CUT publica hoje nota paga nos principais jornais na qual afirma que não há acordo com o governo: "Continuamos defendendo os critérios que embasam hoje a aposentadoria por tempo de serviço aos trabalhadores do setor público e privado, aos 35 anos para homens e 30 para mulheres". A nota foi considerada "positiva" pelos dirigentes de correntes à esquerda de Vicentinho na CUT, como José Maria de Almeida, do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). Em entrevista à Folha na sexta-feira, Vicentinho disse que havia "entendimento" com o governo, mas "não consumação". Afirmou que, nesse entendimento, o governo havia cedido mais do que a CUT e insistiu na defesa dos pontos discutidos, que previam, entre outros, a aposentadoria por tempo de contribuição, e não por tempo de serviço. Sobre o funcionalismo, disse Vicentinho: "O trabalhador do setor público, por exemplo, quando tem direito a três meses de licença-prêmio, transforma esse tempo no dobro para contagem para o tempo de serviço para aposentadoria. Isso acabou, e nós concordamos." Para José Maria, essa é a posição de Vicentinho, mas não da executiva da CUT. Texto Anterior: Governo vai insistir em negociação paralela Próximo Texto: Sindicatos atacam acordo Índice |
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