São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996 |
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Assalto a carro-forte mata 3 em SP
DA REPORTAGEM LOCAL Três pessoas morreram -entre elas um adolescente de 15 anos- e quatro ficaram feridas em um assalto a um carro-forte ontem de manhã, em frente a uma agência da Caixa Econômica Federal na Chácara Santo Antônio (zona sul de São Paulo).Em outros três assaltos a banco ocorridos ontem na cidade, mais duas pessoas ficaram feridas (leia textos abaixo). O assalto à agência da CEF começou por volta das 10h. Cerca de cem pessoas aguardavam na fila a abertura da agência. Os assaltantes, que também estavam na fila, anunciaram o assalto no momento em que o carro-forte estacionou em frente ao banco. Os vigilantes do carro-forte reagiram e acertaram um dos assaltantes. Houve troca de tiros. O garoto Alexandre Dias de Oliveira, 15, que estava na fila com a mãe, Ilda Dias de Oliveira, 50, foi baleado na cabeça. Ilda foi baleada na mão, mas passa bem. Morreram também um dos vigilantes do carro-forte, José Norberto Alves, 33, e um dos assaltantes, Adevair Rogério Bitencourt, 24. André Luiz do Nascimento, que também estava na fila do banco, foi baleado nos dois braços. Os vigilantes José Roberto de Oliveira e Joel Lima de Souza também foram feridos no braço. Souza continuava internado em estado regular até o final da tarde de ontem. Os outros assaltantes, pelo menos sete, segundo a polícia, fugiram em dois carros -uma Parati cinza e um Golf branco-, levando R$ 63 mil em dinheiro e R$ 18 mil em cheques e tíquetes. Até o final da tarde, a polícia não tinha pistas. Segundo testemunhas, um dos assaltantes teria fugido a pé. Um terceiro carro usado pelos assaltantes, um Kadett vinho, foi deixado em frente ao banco. Um dos assaltantes que fugiram teria também sido baleado. O carro-forte foi atingido por pelo menos 16 tiros, sendo que 13 deles chegaram a perfurar a carroceria. A polícia encontrou no local uma submetralhadora Uzi, três pentes de bala para Uzi, cápsulas deflagradas de metralhadora M-16 e pistolas 9 mm e calibre 45. Segundo a delegada Fátima Abraão Brunelli, 37, do 11º Distrito Policial, em Santo Amaro, as armas utilizas pelos assaltantes são comuns em assaltos a banco. Esse foi o quarto assalto em menos de um mês sofrido pela empresa proprietária do carro-forte, a Protege. Apenas dois deles conseguiram roubar dinheiro. Segundo Ricardo Marcos Leardini, 33, coordenador de segurança da empresa, assaltos como o de ontem não são comuns. Segundo ele, os vigilantes têm orientação de reagir aos assaltos. "Eles agiram da melhor forma possível", disse. Texto Anterior: Maluf sanciona projeto sobre uso de calçada; O NÚMERO; Lavrador é acusado de violentar a filha; Preso tenta fugir vestido de mulher; Interior de SP tem 1ª transmissão de dengue; SUPERSENA Próximo Texto: Garoto voltava de hospital Índice |
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