São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996
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Definição do uso ajuda na escolha do equipamento

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Saber exatamente qual será a utilização do scanner -no presente e no futuro- é fundamental para a escolha do modelo adequado.
Dependendo do trabalho, haverá necessidade de um equipamento de maior ou menor resolução. De acordo com Cleide Moraes Moncau, 31, designer gráfica da Epson do Brasil, não adianta ter um scanner que captura mais pontos por polegada (ppp) se a impressora não tem a mesma definição.
Isso não significa necessariamente mais investimento em impressora. Quem tem scanner de alta definição e impressora não muito boa pode levar a imagem em disquete para ser impressa em uma gráfica ou um birô de editoração eletrônica.
A resolução também precisa ser observada no momento de ampliar uma imagem. Quanto maior a resolução, maior a possibilidade de ampliar a imagem sem afetar a qualidade.
Outro fator importante é a quantidade de cores que o scanner pode capturar. Os mais modernos reconhecem até 16 milhões de cores. Em contrapartida, todo esse volume de cores vai exigir do computador muita memória para trabalhar com rapidez.
O equipamento mínimo para instalar o novo scanner da IBM, por exemplo, é um micro 386 com 4 Mbytes de memória, mais uma unidade de disco rígido com 10 Mbytes livres.
O problema é que o trabalho com imagens requer mais espaço. Além do armazenamento, é preciso memória para fazer funcionar os programas de processamento. O ideal é um micro 486, com memória a partir de 8 Mbytes.
Para ocupar menos espaço em disco, a imagem pode ser compactada. Vários programas fazem esse trabalho, alguns deles embutidos em outros como o "Photoshop".
O problema inicial de armazenamento, porém, permanece no momento de capturar a imagem -a compactação só pode ser feita depois. Além disso, se a imagem for utilizada em outro computador, será necessário o mesmo programa para descompactá-la.
Outro fator que pesa na qualidade da imagem é a quantidade de bits que o scanner utiliza para capturar um desenho ou uma foto.
Segundo Cleide Moncau, da Epson, quanto maior o número de bits, maior a qualidade, pois mais cores serão reconhecidas. Atualmente, os scanners trabalham com 30 bits.
Para textos, o principal é encontrar um bom software de OCR, que faz o reconhecimento óptico dos caracteres. Hoje, encontram-se programas que reconhecem caracteres de até 80 idiomas.
Um scanner monocromático é o suficiente para textos. A alta resolução pode facilitar o reconhecimento dos caracteres pelo soft.
A memória do computador também é menos sacrificada no trabalho com texto. Apesar de ele ser capturado como imagem, é transformado pelo programa de OCR em arquivo de texto comum.

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