São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996
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Casas Bahia vai inaugurar hoje maior armazém da AL

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Casas Bahia, dona de um faturamento de US$ 1,5 bilhão (em 1995), inaugura hoje o maior armazém da América Latina: 136 mil metros quadrados de área construída num terreno de 700 mil metros quadrados.
Localizado em Jundiaí (SP), no Km 52 da rodovia Anhanguera, o depósito, que vai gerar 1.500 empregos, tem capacidade para estocar US$ 300 milhões em produtos.
Samuel Klein, proprietário da Casas Bahia, que tem 176 lojas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, e Santa Catarina, diz que a empresa continuará operando com pouco estoque.
Estoques
Ele construiu o grande armazém em Jundiaí, informa, para guardar "por pouco tempo" os produtos que chegam das indústrias.
É que, por falta de espaço, conta ele, muitas vezes os produtos ficavam nos caminhões dos fornecedores até que a Casas Bahia pudesse levar as mercadorias para as suas lojas.
O depósito que a empresa tinha em Louveira (SP), que já foi vendido, tinha menos de 55 mil metros quadrados.
Klein diz que tem muito o que comemorar hoje. Para ele, 1995 foi um ano inesquecível. "Ganhamos dinheiro e vimos os brasileiros com maior poder de consumo", disse ele recentemente.
O faturamento da Casas Bahia em 1995 pulou de US$ 30 milhões para US$ 120 milhões por mês. O lucro líquido da empresa saltou de aproximadamente US$ 14,5 milhões (em 1994) para cerca de US$ 30 milhões no ano passado.
O número de clientes aumentou de 500 mil para 1,5 milhão. Na sua análise, o comerciante brasileiro "reclama de barriga cheia. Se o Plano Real não corrigiu o negócio de um lojista, então ele pode fechar as portas", costuma dizer.
Por causa do real, afirma, é que a Casas Bahia conseguiu comprar no ano passado a rede de lojas Garson no Rio de Janeiro. Por conta desta aquisição, a sua empresa aumentou o número de lojas de 140 para 176.
Crescimento
Para este ano, Klein tem planos para crescer ainda mais. Ele programa investir cerca de US$ 30 milhões para abrir 40 novas lojas.
A idéia é ter mais 20 lojas no Rio, 15 em Minas e 5 em Santa Catarina. "Estamos de olho em todas as cidades que têm mais de 100 mil habitantes."
Até o final de 96, Klein quer ter 216 lojas passando assim na frente de um dos seus principais concorrentes -o Ponto Frio, que também disputou a compra da Garson.

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