São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996 |
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Viajantes e tartarugas dividem Sipadan
MANOEL DIRCEU MARTINS
A noite pertence às tartarugas, que deixam o mar para desovar na areia quentinha da praia. A partir das 19h é proibido deixar as dependências dos cinco resorts licenciados para turistas. O agente de turismo sul-africano David Arnold diz: "É uma sensação mágica sentar-se à noite na varanda do bangalô e imaginar que a alguns metros as tartarugas estão desovando. É como se o mundo estivesse em ordem." O efeito da magia se multiplica no encontro submarino com um desses maravilhosos seres verdes (Chelonia mydas), durante as sessões de mergulho. Segundo as autoridades de Sipadan, cada fêmea põe em média 150 ovos do tamanho de uma bola de tênis. Antes do nascer do sol, os guardas florestais recolhem os ovos e os enterram novamente, em ninhos com plaquinhas numeradas. Cerca de 50 dias mais tarde, os filhotes sobem à superfície da areia e são liberados para a água. Apesar da ajuda dos ambientalistas, menos da metade dos bebês tartarugas conseguem sobreviver ao ataque dos peixes e pássaros predadores. Mesmo assim, o número de sobreviventes é suficiente para manter a espécie e o equilíbrio biológico marinho. Alguns deles chegam a viver mais de cem anos. Os cinco resorts que atuam em Sipadan têm representantes em Kota Kinabalu e em Semporna, de onde partem as lanchas até a ilha (45 minutos de viagem). Os pacotes incluem acomodação em bangalô (dormitório, banheiro e varanda), três refeições diárias (frutos do mar, frango etc.), todos os traslados e passeios de barco e sessões de mergulho. O mais exclusivo é também o mais antigo, o "Borneo Divers". O pacote de quatro dias custa US$ 770, por pessoa, extensão a US$ 110 por noite. O mais em conta é o "Abdillah Sipadan Paradise Diving", com pessoal muito simpático, mestres de mergulho competentes e refeições deliciosas. O mesmo período sai por US$ 580 por pessoa, extensão a US$ 100. Não mergulhadores recebem desconto de 10%. Nas lagoas de águas rasas e transparentes à frente da praia, que se estendem por vários metros sobre a coroa vulcânica de corais, "snorkel" e máscara bastam para ver peixes coloridos e cardumes de barracudas. A dois metros da plataforma de desembarque, na queda submarina da parede vulcânica, é possível observar tubarões. Texto Anterior: Brasil recrutou os seringueiros em 42 Próximo Texto: País deve crescer pelo nono ano consecutivo Índice |
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