São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996 |
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Governismo Eleito governador de Pernambuco em 82, Roberto Magalhães em seus primeiros dias de governo convocou uma reunião com líderes comunitários no Palácio do Campo das Princesas, em Recife. O palácio lotou de cabos eleitorais, ávidos por um aceno de Magalhães e seu vice, Gustavo Krause. Muitos dos presentes, é lógico, esperavam que no discurso o novo governador fizesse promessas e atendesse reivindicações. Sério como sempre, Magalhães foi genérico na fala. Depois dos aplausos, um líder comunitário conhecido como "Faca Cega" ganhou a disputa para ver quem seria o primeiro a saudar o governador. "Faca Cega" era conhecido por sua irreprimível vocação governista. Jamais deixou de apoiar um ganhador de eleições e não se envergonhava de atropelar a gramática nos rotineiros e exagerados elogios às autoridades. Emocionado, "Faca Cega" olhou para Magalhães e cometeu: - Doutor Roberto, nós estaremos sempre ao seu lado, de acordo com as diretrizes e "indiretrizes" do senhor. Texto Anterior: Livrinho; Limpando a pauta; Senso de oportunidade; Ajuda ou atrapalha; Campanha; Cordão de isolamento; De fora; Passo adiante; Ação e reação; Zoológico; Falta de opção; De volta; Ciúme ornitológico; No limite; No voto; Evitar confusão; Só depois Próximo Texto: Tragédia do desemprego ameaça o Brasil, diz FHC Índice |
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