São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Clubes tentam atrair público mais 'familiar'

MÁRIO MOREIRA; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A possível escassez de torcedores nos estádios está preocupando os clubes para o Paulista.
A média de público da competição caiu seguidamente nos últimos anos: 10.387 pagantes, em 93; 7.493, em 94; e 6.712, em 95.
Apesar disso, os clubes não traçaram nenhuma estratégia conjunta para chamar torcedores. As tentativas devem ser isoladas.
A idéia básica, diante da proibição das torcidas organizadas, é atrair um novo público, transformando os jogos em programas para toda a família.
O Palmeiras, por exemplo, está tentando firmar convênios com estacionamentos próximos ao Parque Antarctica para que o torcedor com ingresso tenha desconto ao parar seu automóvel nesses locais.
Já o Santos manterá os descontos para mulheres em seus jogos na Vila Belmiro, como em 95.
O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Eduardo José Farah, diz que não é missão da entidade tentar atrair público. "É responsabilidade dos clubes."
O vice-presidente de marketing da FPF, Edgard Soares, porém, quer estimular os torcedores com espetáculos teatrais nos estádios antes e no intervalo dos jogos.
Em caráter experimental, as partidas de meio de semana realizadas na capital nas três primeiras rodadas serão às 17h.
A proibição da entrada de menores desacompanhados continua.
A novidade deste ano é que crianças de 5 a 12 anos não precisam estar acompanhadas de um pai ou responsável legal, mas de qualquer adulto, que deverá se identificar na entrada do estádio e só poderá se responsabilizar por, no máximo, cinco menores.
Para isso, porém, as crianças precisam obter uma carteirinha de identificação na sede da Federação Paulista de Futebol, na av. Brigadeiro Luís Antônio (região central de São Paulo), de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.
Acompanhado de um responsável, o menor deve levar certidão de nascimento (a original e uma cópia) e duas fotos 2 x 2. A carteira dá direito a ingresso gratuito.
Os menores de 12 a 18 anos só poderão entrar com um pai ou responsável, assim como os de menos de 12 anos que não tenham a carteira da federação.
(MMo)

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