São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Presidente do CRM diz que críticas são mesquinharias

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do CRM (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Pedro Henrique Silveira, disse ontem que as críticas do prefeito Paulo Maluf a ele servem para desviar a atenção do problema do PAS.
"Isso é medíocre, é mesquinharia, não contribui em nada. Não vou perder tempo com essas questões. No momento, o que está em jogo é a saúde de 10 milhões de pessoas", disse Silveira.
Para ele, o prefeito não tem "moral" para criticá-lo. "O passado dele também não é nada glorioso", disse.
Silveira elogiou a decisão do Poder Judiciário, que concedeu liminar anteontem suspendendo a implantação do PAS. "Eles compreenderam o que vínhamos denunciando havia tanto tempo."
O vice-presidente do conselho, Henrique Carlos Gonçalves, também rebateu as críticas do prefeito. "Se existiam médicos vagabundos, a prefeitura deveria identificá-los e puni-los. Se sabiam disso e não fizeram nada, cometeram crime de prevaricação", disse.
"Só três das 12 UBS (Unidade Básica de Saúde) da região de Pirituba estão funcionando. Não é à toa que há um aumento no número de atendimentos no hospital municipal. A população não encontra atendimento nos postos", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Tito Nery, disse que as associações de médicos vão apresentar propostas com alternativas para o investimento da verba anual da prefeitura dedicada à saúde, estimada em R$ 1 bilhão.
"Não há clima de conflito. O que está em jogo é a melhoria da saúde da população", disse.

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