São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Governo americano pode parar novamente

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Esgota-se à meia-noite de hoje (3h de amanhã em Brasília) o prazo para o funcionamento provisório sem Orçamento do governo dos EUA.
Líderes da oposição e representantes do presidente Bill Clinton discutiam ontem fórmulas para impedir a terceira paralisação parcial em três meses da administração federal.
Se não se chegar a um acordo, diversas atividades do governo, inclusive a emissão de vistos, serão interrompidas outra vez.
Havia otimismo ontem em relação a um acordo para prorrogar por um mês a autorização para o governo funcionar sem um Orçamento.
A oposição, que controla o Congresso, se recusa a aprovar o Orçamento federal do ano fiscal de 1996 (iniciado em 1º de outubro passado) sem um acordo para equilibrar as contas públicas até o ano de 2002.
As negociações sobre como chegar a esse equilíbrio foram suspensas na semana retrasada sem perspectivas de entendimento.
O governo federal parou parcialmente por cinco dias em novembro e 21 dias em dezembro e janeiro, provocando prejuízos ainda não contabilizados -mas de grande monta- para a economia nacional.
O presidente da Câmara e um dos principais líderes da oposição, Newt Gingrich, disse ontem ser favorável à idéia de se estender a autorização para o funcionamento provisório do governo até a eleição de novembro.
O secretário do Tesouro, Robert Rubin, afirma que, se o Congresso não autorizar o aumento do endividamento público até 1º de março, o governo dos EUA não terá como pagar seus compromissos, pela primeira vez na história.
Gingrich tem ameaçado não autorizar o aumento da dívida pública, mas ontem ele aceitou a possibilidade de incluir essa autorização num amplo acordo para manter o governo funcionando sem Orçamento até novembro.
(CELS)

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