São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996
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Missão impossível; Lei das compensações; Partido ao meio; Autoridade; Usina de votos; Nome em vão; Carreira; Embaixada; Motivo nobre; Ao vivo; Apaga incêndio; Sem destino; Por tabela; Alternativa; Diferença; Recibo; Visita à Folha

Missão impossível
Covas vai a Brasília na próxima semana. Fará um corpo-a-corpo com os senadores para tentar convencê-los a aprovar o acordo do Banespa. Já fez uma prévia anteontem, quando passou quase uma hora ao telefone com Amin.

Lei das compensações
Um dos senadores que estão contra os termos do acordo do Banespa, Esperidião Amin (PPB-SC) acha que o projeto acabará sendo aprovado pelo Senado. Mas prevê: se ele envolve R$ 15 bi, vai acabar custando R$ 30 bi ao governo.

Partido ao meio
Será tensa a reunião do diretório do PMDB, na quarta. Os governistas do partido querem impor a Paes de Andrade uma derrota. Os dois grupos se equivalem em número e Paes, como presidente, só pode votar em caso de empate.

Autoridade
Paes de Andrade acha que não há como mudar a pauta da convenção do PMDB, em março. Argumenta que 23 presidentes de diretórios regionais aprovaram os temas e que, depois, as bancadas terão que se submeter à decisão.

Usina de votos
Maldade peemedebista: o partido só aceita os ministros Serjão e Serra no palanque dos candidatos tucanos se Eduardo Jorge e Clóvis Carvalho subirem também.

Nome em vão
Provocação de auxiliares de Maluf: vai mudar o nome do túnel sob a avenida Santo Amaro. O prefeito deve estar arrependido de tê-lo chamado "Complexo Viário Tribunal de Justiça de São Paulo" depois que a corte cassou o PAS.

Carreira
Após ter ajudado a aprovar a versão que o governo queria para a lei de patentes, o senador Fernando Bezerra ganhou novas missões: será relator de quatro polêmicas MPs, como a que trata dos critérios de correção monetária.

Embaixada
Na terça, no Itamaraty, FHC dá um retoque em seu marketing cultural: entrega o prêmio Luís de Camões ao escritor português José Saramago. Cotado para a embaixada em Lisboa, Bornhausen deve ser convidado. Para se aclimatar.

Motivo nobre
Eduardo Jorge e Clóvis Carvalho almoçaram ontem com Eduardo Azeredo, em Belo Horizonte. Segundo atleticanos e cruzeirenses, foi para comemorar a vitória do time do governador, o América, na Taça São Paulo de juniores.

Ao vivo
Nelson Jobim vai ao Uruguai na próxima semana. Um dos temas mais delicados é a negociação com o governo local para tentar tirar o vizinho do mapa reservado aos países que mais abrigam carros brasileiros furtados.

Apaga incêndio
A cúpula da CUT está em pânico com a ameaça de Vicentinho de deixar a central. A Articulação Sindical, corrente majoritária na entidade, se reúne hoje para apoiar Vicentinho e tentar acabar com a guerra interna.

Sem destino
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulinho saboreou a ameaça do rival de deixar a CUT devido à pressão para recuar no acordo da Previdência: "Vou convidar o Vicentinho para entrar na Força Sindical".

Por tabela
Vicentinho tem dito a interlocutores que quer aproveitar a confusão na CUT para diminuir o peso das pressões do funcionalismo na central sindical. Tem o respaldo da principal base de produção na CUT, os metalúrgicos do ABC.

Alternativa
Uma das saídas que está sendo estudada na CUT para o imbróglio da Previdência prevê amarrar o tempo de contribuição com a faixa salarial. Quanto menor o salário, menor o tempo para a aposentadoria. O governo não deve aceitar.

Diferença
O petista José Genoino acha que a polêmica sobre a participação de ministros na campanha eleitoral municipal esgota-se no dicionário: "Os ministros podem subir ao palanque com o verbo. Não podem é com a verba".

Recibo
Nilmário Miranda e Sandra Starling assinaram um protocolo prometendo que a disputa entre os dois pela liderança da bancada do PT na Câmara não deixará sequelas. Muitos deputados do partido apostam na outra direção.

Visita à Folha
O secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Lair Alberto Soares Krahenbuhl, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO
De Luiz Gushiken (PT-SP), sobre a medida provisória do governo que cria o Fundo de Garantia dos Credores (FGC), também chamado de seguro-depósito:
- Ele deveria se chamar FGB: Fundo de Garantia dos Banqueiros, porque será custeado por dinheiro público.

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