São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996
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Vandalismo não

A destruição de objetos ou obras que merecem reconhecimento ou respeito público está entre os efeitos mais prejudiciais da prática do vandalismo. A cidade de São Paulo serve como exemplo, como tantas no mundo, de como atos de indivíduos ou grupos isolados são maléficos ao conjunto da população.
O projeto da prefeitura "1 milhão de árvores" encontrou nos destruidores de proteções um de seus maiores inimigos. Em levantamento, concluiu-se que 19,07% das árvores plantadas nos últimos meses tiveram sua proteção arruinada.
No ano passado, as torcidas organizadas de times de futebol da capital atuaram indiretamente contra seus clubes. Os atos assombrosos de vandalismo dos torcedores fizeram com que pais e filhos se privassem de assistir aos jogos ao vivo, com medo dos espetáculos brutais de violência coletiva.
Outro exemplo deplorável vem das gangues de pichadores. Monumentos, estátuas, viadutos, pontes e fachadas de prédios históricos ou residenciais são todos vítimas da ação irresponsável desses grupos. A prefeitura chegou ao extremo de deslocar um carro da guarda municipal unicamente para garantir que a estátua em homenagem a Ayrton Senna não fosse mais um monumento depredado.
É preciso coibir urgentemente essas práticas com medidas que revertam em benefícios para a comunidade. Ainda que não se possa deter o ímpeto humano à destruição, é inadmissível que a ação despropositada de grupos marginais se incorpore ao cotidiano da população.

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