São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
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Se respeitarem o regulamento, Paulista-96 será um sucesso

TELÊ SANTANA

Começou mais um Campeonato Paulista. Desta vez, o regulamento me agrada muito. Os melhores colocados na primeira fase levam vantagem nas semifinais, e os dois turnos classificam times, o que significa que todos os jogos são importantes.
Os times se reforçaram, e a disputa dentro de campo também promete ser muito equilibrada.
O Santos manteve a base da equipe que foi vice-campeã brasileira, o Corinthians e o Palmeiras se reforçaram e o São Paulo também fez algumas contratações necessárias, embora alguns críticos estejam duvidando da capacidade dos atletas que vieram.
Mas este campeonato só será um sucesso se todos respeitarem o regulamento.
Não adianta existir uma regra dizendo que os campos em más condições serão interditados pela Federação Paulista de Futebol (FPF), se eles não forem realmente interditados.
Não adianta dizer que os árbitros serão cobrados, se eles não forem cobrados.
Os juízes têm que cumprir as regras, não permitir reclamações etc.
Mas, se falharem, também devem ser punidos.
Não adianta ter mais bolas à disposição, se o tempo de bola em jogo não aumentar.
Assim, caso todos os itens do regulamento sejam cumpridos, prometo elogiar o presidente da FPF, Eduardo José Farah, até então meu inimigo, ao final do campeonato.
Mas, caso contrário, vou continuar reclamando. O regulamento proíbe reclamações, mas ninguém pode me calar. Estamos em um país democrático, e tenho direito de me expressar.
Vou continuar dirigindo a equipe das tribunas, para evitar um desgaste desnecessário com os árbitros, mas não vou ficar quieto.
Por exemplo: acho um absurdo o sistema de disputa do Campeonato Paulista de Aspirantes deste ano.
Todos os clubes voltarão a se enfrentar e todas as partidas da divisão principal terão preliminares.
Isso não pode ter sido bem pensado. Eu não sei como os dirigentes dos clubes aprovaram uma medida dessa.
Os clubes não vão conseguir arcar as despesas de duas delegações (a do time profissional e a do time aspirantes).
São gastos em dobro com transporte, hotéis, alimentação, etc.
O prejuízo já é grande com uma delegação de 25 pessoas (incluindo jogadores, comissão técnica, médico, massagista, etc). Imagine, então, com 50 pessoas?

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