São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
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Greve e férias atrasam entrega dos modelos às revendas

DA REPORTAGEM LOCAL

As férias coletivas dadas pelas montadoras nos últimos meses e a greve dos "cegonheiros" (motoristas que transportam veículos) atrasaram a distribuição dos carros 0 km para as revendas.
Segundo a Fenabrave (reúne os revendedores), durante os seis dias de greve, 13 mil veículos deixaram de ser entregues às revendas.
Com o fim da greve e das férias coletivas, a produção deve aumentar e o mercado voltará ao seu abastecimento normal.
Outro fator que interfere no preço desses modelos -Corsa Sedan, Parati e Blazer- é o fato de serem novidades e atraírem mais o interesse do consumidor.
"Foi assim com o Gol, que era vendido acima da tabela quando foi lançado e que hoje tem desconto", explica Maier Gilbert, diretor da concessionária Nova Geração, em Guarulhos, sobre o que hoje ocorre com a Parati.
Para Gilbert, "todo carro recém-lançado tem problemas de peças e de fornecedores, o que acaba atrasando a produção".
Os carros "populares" são os únicos que têm preço estipulado e controlado pelo governo.
O que dita os preços de todos os outros modelos é a lei da oferta e procura.
Se o consumidor não paga um valor por um determinado produto, automaticamente o preço tende a cair. Se a procura aumenta e falta oferta, o preço volta a subir.
É isso que acontece atualmente no mercado de automóveis: as concessionárias não são obrigadas a vender o carro pelo preço de tabela, que nada mais é que um preço sugerido pelas montadoras.
Com a procura em alta e com a oferta reduzida, as concessionárias reajustaram por conta própria o preço da Blazer, do Corsa Sedan e da Parati.

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