São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996
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Brinquedos de 'Toy Story' saem da tela para as lojas

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

O caubói Woody e o astronauta Buzz Lightyear, os principais personagens do filme "Toy Story - Um Mundo de Aventuras", dos estúdios Walt Disney, saem das telas para chegar, nas mais diversas formas, às lojas em todo o país a partir da semana que vem.
Produtos que vão desde gomas de mascar e coleção de figurinhas até brinquedos e eletrônicos vão faturar um valor total estimado em US$ 20 milhões para as oito empresas licenciadas pela Disney para utilizar comercialmente os personagens do primeiro longa-metragem feito inteiramente em computador feito pelo estúdio.
Ana Silvia Stabel, diretora de marketing da Walt Disney Company (Brasil) Ltda., diz que o marketing de "Toy Story", a comercialização de produtos de consumo baseados nos personagens do filme, começa três semanas após a estréia do filme devido à complexidade do processo de licenciamento.
No caso de "Toy Story", o processo foi ainda mais complicado porque envolveu negociação com dois estúdios: o Disney, dono da história, e o associado Pixar, responsável pela animação computadorizada em três dimensões.
Ana Silvia Stabel prevê um grande interesse da garotada nos produtos de consumo da fantástica história dos brinquedos como reflexo de mais um êxito dos estúdios Walt Disney.
Em dez dias, do lançamento nacional no dia 12 de janeiro até o dia 22, 658 mil pessoas assistiram ao filme, um recorde para a categoria segundo a distribuidora.
"É incontestavelmente um sucesso de público, tendo, na primeira semana, superado 'Pocahontas' e o 'Rei Leão', os lançamentos anteriores da Disney", diz.
Ana Silvia atribui o sucesso de "Toy Story" ao fato de que a história transfere para os brinquedos -animados por computador- os sentimentos do ser humano.
"O sentimento de perda, de ser trocado pelo brinquedo novo, de ciúme, insegurança, companheirosmo, tudo isso, de repente dá vida, a uma coisa que sempre consideramos inanimada."
Ana Silvia diz que o atraso do lançamento dos produtos de consumo Toy Story não deve prejudicar as vendas.
Ela diz que mais da metade do faturamento virá das vendas de gomas de mascar e do álbum de figurinhas.
"Pelo que tenho observado nas salas de cinema, a lotação e mesmo a reação do público, acho que na hora que o produto estiver no ponto-de-venda, apoiado pelas campanhas de publicidade na TV feitas pelas empresas licenciadas, ele vai sair em grandes quantidades", afirma Ana Silvia.

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