São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Meta agora é reduzir custos
FREE-LANCE PARA A FOLHA O aumento nas vendas dos derivados de tomates não significou maior rentabilidade para as indústrias."Tivemos uma queda de 10%, porque o mercado não aceitaria o repasse de custos para o preço final", diz Dan Andrei, diretor da Paoletti. Essa situação está levando as empresas a buscar a máxima redução de custos. As pesquisas visam obter variedades de tomates com maior produtividade, menos aguados e que exijam menor aplicação de agrotóxicos. A Cica restringiu em 40% o uso de defensivos nas lavouras da Bahia e Pernambuco, com o desenvolvimento do feromônio sintético. "O produto, que imita o hormônio feminino das traças do tomateiro, atrai os machos, evitando que fecundem as fêmeas e proliferem", explica o pesquisador Cloves de Oliveira. A Paoletti está investindo em variedades híbridas, que diminuem os custos em até 30% para o produtor e em 10% para a indústria. "São frutos que concentram 20% a mais de açúcares, o que reduz em 10% o volume de tomates necessário para cada tonelada de polpa", diz Dan Andrei. Outra medida para conter custos é a dispensa dos produtores mais distantes das fábricas e menos produtivos. "Estamos contratando apenas quem planta acima de 50 ha, à distância máxima de 100 km da indústria e com produtividade superior a 55 t/ha", diz Andrei. A Paoletti também está aplicando R$ 2 milhões na modernização da fabricação de polpa em Araçatuba (SP). Outra preocupação é com a embalagem, que representa até 60% do custo do produto, segundo Laércio Nery, presidente da Peixe. "Estamos pesquisando latas de alumínio." Texto Anterior: Agricultores reclamam dos "preços baixos" Próximo Texto: Temporada hípica começa no litoral Índice |
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