São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996
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Candidatos à Procuradoria Geral debatem suas propostas na Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha promoveu ontem debate entre os candidatos ao cargo de procurador-geral de Justiça de São Paulo -o primeiro da história da instituição realizado em um órgão de imprensa.
José Emmanuel Burle Filho, atual detentor do cargo, usou sua exposição para falar de seu trabalho na instituição. Ressaltou o combate ao crime organizado e a defesa de menores de rua.
O candidato da oposição, Luiz Antonio Marrey, atacou a suposta vinculação de Burle com o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho e o ex-procurador-geral de Justiça Antonio Araldo Dal Pozzo.
Na opinião de Marrey, a candidatura de Burle representa a continuidade da política de vinculação do Ministério Público aos interesses do Poder Executivo.
Burle preferiu não polemizar e lembrou as ações que iniciou contra Fleury e pessoas ligadas a ele: "Não tive nenhuma participação na gestão do doutor Araldo".
Seu adversário insistiu na vinculação: "O doutor Burle quer esquecer a participação na gestão Araldo porque ela foi a pior gestão do Ministério Público".
Ambos foram aplaudidos em diversos momentos por seus respectivos correligionários, que lotaram o auditório da Folha.
A eleição do novo procurador-geral começou ontem. Cerca de 1.500 procuradores e promotores escolherão os nomes para compor a lista tríplice que será enviada ao governador Mário Covas. O resultado sairá em 7 de fevereiro, último dia da eleição.
Tradicionalmente, o governador escolhe o nome mais votado. Covas pode quebrar a tradição. Ele tem dito que a Constituição lhe dá a prerrogativa de indicar qualquer um dos integrantes da lista tríplice. O Ministério Público é responsável, entre outras coisas, pela defesa do meio ambiente, do consumidor e do patrimônio histórico.

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