São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Plebiscito sobre uso de droga ganha apoio
AZIZ FILHO
"Não recomendo o uso de droga a ninguém, mas acho importante o plebiscito, com amplo debate, desde que acompanhado por referendos de assuntos de importância prioritária, como a erradicação da miséria", disse Suplicy. Segundo o senador, um eventual plebiscito sobre a descriminação poderia decidir também sobre formas de combate à miséria, como o seu programa de garantia de renda mínima. Alencar defendeu o plebiscito em entrevista publicada ontem na Folha. O deputado Wellington Moreira Franco (PMDB-RJ), ex-governador do Rio, criticou a proposta, que, segundo ele, "não tem o menor cabimento". "Não é uma prioridade para o Rio. Para se ter uma política de segurança, combater ou não o tocador de apito é absolutamente irrelevante", disse o deputado. Moreira Franco se referiu à repressão da polícia aos usuários de maconha no posto 9, ponto mais movimentado da praia de Ipanema (zona sul), que usam o apito como um alarme quando a polícia chega. Segundo Moreira Franco, o dinheiro necessário à realização do plebiscito deveria ser aplicado em questões mais relevantes, "como a busca de uma solução para o Banerj", banco estadual que está sob intervenção federal. O senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ) ironizou a idéia de Alencar: "Esse negócio de plebiscito é 'bestagem'. Ele (Alencar) está com vontade de experimentar e está sem coragem. Diga a ele que é muito bom". O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) apóia a proposta do governador, mas critica Alencar por intensificar a repressão aos usuários. "O governador se apegou a essa repressão como uma tábua de salvação, para afirmar a eficiência policial. Vai passar para a história como o recordista na apreensão de baseados (cigarro de maconha), sem atacar a violência de frente", afirmou Gabeira. Texto Anterior: Justiça cria círculo vicioso no campo Próximo Texto: Dengue atinge capital e mais 15 cidades do MA Índice |
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