São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Proposta de poupança mais atraente divide equipe econômica
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A proposta de elevar os rendimentos da caderneta de poupança, anunciada na última sexta-feira pelo Banco Central, é motivo de divergências no governo porque a mudança faria subir também as dívidas, inclusive a pública.Pelas alternativas em estudo no BC e na Fazenda, a TR (Taxa Referencial) teria uma variação mais próxima à dos CDBs. Hoje a taxa equivale à média dos CDBs menos um redutor de 1,3%. Esse redutor pode cair ou, segundo sugestão dos bancos privados, a TR pode virar um percentual fixo dos CDBs -85%, por exemplo. O problema é que a TR corrige também a maior parte dos empréstimos bancários, os financiamentos habitacionais e parte da dívida dos governos federal, estaduais e municipais. Mesmo que seja aprovada, a elevação dos ganhos da poupança só deverá entrar em vigor depois de 60 dias. No ano passado, foi feito um acordo entre o BC e o sistema bancário segundo o qual as mudanças na TR devem ser anunciadas com esse prazo de antecedência. Segundo a Folha apurou, o presidente do BC, Gustavo Loyola, é o principal defensor da proposta. Mas há opiniões contrárias na própria diretoria do BC. Como há ainda muita coisa a ser discutida, considera-se muito improvável que o aumento do rendimento da poupança seja aprovado ainda neste mês na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), marcada para amanhã. A medida deve seria adotada em fevereiro para entrar em vigor a partir de abril. Até lá, com os juros em queda, o rendimento da poupança deve cair ainda mais em relação ao dos CDBs. texto final O governo deve divulgar até sexta-feira o projeto de lei criando a conta individual de previdência complementar. O texto final do projeto será entregue amanhã ao ministro Pedro Malan (Fazenda). A informação foi dada ontem pelo secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros. A nova modalidade de previdência complementar funcionará como uma espécie de caderneta de poupança que pagará ao cliente um valor determinado no futuro. Texto Anterior: Governo estuda alterações Próximo Texto: Arida volta como executivo após Carnaval Índice |
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