São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996 |
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Cobertura para moto é rara
HENRIQUE SKUJIS Fazer seguro para motos pode custar até metade do valor do veículo. Poucas seguradoras aceitam fazer o serviço. As que fazem, elevam o preço justamente para inibir os proprietários."A incidência de roubo é muito alta, não vale a pena para a seguradora", afirma Valentino Terumi Miguita, técnico de seguros da GHB. O empresário Luís Gildin, proprietário de uma Yamaha RD 350, ano 90, diz que se assustou quando foi fazer o seguro da moto. Gildin afirma que a média pedida era de R$ 1.200, 30% do valor da moto. "É muito dinheiro, prefiro rodar sem seguro", diz Gildin. As motos menores, como a Honda CG 125, têm seguro mais caro. Para motos de maior cilindrada, o percentual sobre o valor da moto é menor, mas não fica abaixo dos 27%. O seguro completo -colisão, incêndio e roubo- para uma CG 125 Titan 0 km, que custa R$ 3.000, chega a custar mais de R$ 1.500, em algumas corretoras. Entre as seguradoras que trabalham com motos, muitas não autorizam as corretoras a segurar motos de 125 centímetros cúbicos (cc). "São as mais visadas pelos ladrões", justifica Edson Vanderlei Savian, da corretora Savian. A Honda, durante os anos de 93 e 94, em associação com a seguradora GHB, fez uma promoção para os clientes, que pagavam 9% do valor da moto para fazer o seguro. "Foi prejuízo certo", diz Terumi, técnico da seguradora. Aos poucos, esse percentual foi aumentando e a promoção acabou. As concessionárias de motos estão buscando alternativas para aumentar a segurança do cliente e reduzir a incidência de roubo. As revendas Honda, por exemplo, estão gravando o número do chassi em partes da moto. É ainda um serviço opcional, cobrado à parte, mas que deverá ser incorporado para toda a linha. (H.S.) Texto Anterior: Esportivos e picapes têm seguro mais caro Índice |
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