São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Sindicalista anula decisões de café da manhã

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao conseguir adiar a votação da reforma da Previdência, o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, anulou as decisões do café da manhã do presidente Fernando Henrique Cardoso com os líderes governistas.
Os líderes deixaram o Palácio do Alvorada rejeitando qualquer adiamento e anunciando que iriam passar o "rolo compressor" na oposição -previram vitória tranquila na comissão especial.
Além dos líderes e de Reinhold Stephanes (ministro da Previdência), participaram do café da manhã o ministro José Serra (Planejamento) e o vice-presidente Marco Maciel. Antes do encontro, Stephanes atacou a CUT: "A CUT quer defender o corporativismo do setor público", disse o ministro.
O comentário foi feito porque a central sindical condicionou a manutenção do acordo com o governo ao adiamento da votação. Um dos pontos do acordo substitui o tempo de serviço por tempo de contribuição para cálculo da aposentadoria.
O líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos, saiu do Alvorada afirmando que a comissão especial encerraria ontem mesmo a discussão sobre a reforma e aprovaria a matéria.
"Não pode haver recuo sobre o que está acordado. No mais, nós podemos conversar", disse.
"Chegamos à conclusão de que a votação é tranquila na comissão especial e de que, portanto, o governo não corre o menor risco", disse o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), após as duas horas de encontro com FHC.
Ele e o líder do PMDB, Michel Temer (SP), disseram haver unanimidade nos dois partidos em favor da aprovação do parecer do relator, Euler Ribeiro (PMDB-AM).
"Não há dúvida quanto à aprovação do relatório da emenda da Previdência. Onde poderá haver alguma discussão é em relação aos destaques que serão oferecidos", afirmou Michel Temer.

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