São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Clube dos 13 propõe mais estrangeiros por equipe

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

A reserva de mercado para jogadores nacionais está ameaçada no futebol brasileiro.
O Clube dos 13, entidade que reúne times de grande torcida do país, decidiu ontem no Rio pedir o fim ou a flexibilização da reserva.
Atualmente, a legislação esportiva brasileira limita a dois os atletas estrangeiros em cada equipe profissional de futebol.
"Acontece que os argentinos, uruguaios e, principalmente, paraguaios são hoje jogadores mais baratos do que os brasileiros", disse o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Seraphim del Grande.
Na reunião do Clube dos 13, o presidente do Flamengo, Kleber Leite, foi encarregado de procurar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para propor a mudança.
O Brasil é o país sul-americano com legislação mais restritiva à 'importação' de jogadores.
Na Argentina, cada clube pode ter três estrangeiros em campo e cinco contratados. No Paraguai, não há limite.
É possível que a legislação, se modificada, libere a contratação de jogadores do Mercosul. Haveria limite para atletas de outros países.
O Internacional (RS) foi proibido, recentemente, de contratar um jogador estrangeiro porque já tinha um paraguaio e um argentino.
O Flamengo contratou junto ao Palmeiras o meia defensivo Mancuso. O Fluminense quer contratar dois atletas argentinos.
Nos anos 60 e 70, jogadores estrangeiros como Pedro Rocha (São Paulo) fizeram sucesso no Brasil.
Além de discutir estrangeiros, o Clube dos 13 reelegeu para presidente da entidade Fábio Koff, dirigente do Grêmio (RS).
(MM)

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