São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996![]() |
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Corinthians vai levar Paulistão como der
ALBERTO HELENA JR.
Eis por que vejo com desconfiança a participação do Corinthians no jogo desta tarde. O Rio Branco mostrou no Torneio Início e contra o São Paulo que, se não é nenhuma extraordinária revelação, joga um futebolzinho justo, na medida para complicar a vida de muita gente boa. Por outro lado, é flagrante a carência de um artilheiro metido ali entre Marcelinho, Souza e Edmundo (a propósito, que bela 'Roda Viva', a de segunda, na Cultura, hein Matinas?). Esse, aliás, é um problema que se arrasta desde a saída de Viola; um gol contra da diretoria que perdeu Bentinho para o Botafogo do Montenegro. Está certo: Edmundo é um craque, uma estrela, mas, às vezes, é na sombra do astro que brilha a solução. Por exemplo: Elivélton. Já houve até quem o desprezasse, como o técnico Telê, que o barrou vilmente do time, embora o rapaz continuasse sendo convocado para a seleção de Parreira. Bom moço, divertido, jogador aplicadíssimo taticamente, capaz de cumprir várias tarefas no time, marcando, armando e atacando, hábil e veloz, foi escorraçado do Morumbi. Recolhido como indigente pelo Corinthians, deu a volta por cima, transformando-se no jogador-chave das campanhas vitoriosas do Paulistão e da Copa do Brasil, o que começa a repetir-se no Palmeiras, que já disparou nas apostas desta temporada. É o que, para mim, representa Bentinho: ele jamais seria o craque do time, mas faria a grande diferença, caso estivesse no Corinthians, caso se transferisse para o Santos. Para o Botafogo, nem tanto, que lá a diferença chama-se Túlio. Mas, enfim, são esses os pequenos detalhes que às vezes definem um torneio. * E o tricolor, que hoje pega no campo do Nacional o XV de Jaú? Pode ser que esteja correndo por fora, como insinuam seus jogadores e torcida. Afinal, tem uma larga experiência disso, adquirida nos intermináveis anos da construção do Morumbi. Tem um goleiro excepcional e um ataque veloz e insidioso. Mas, de um extremo a outro, sobra força e falta talento. Por isso, Telê quer deslocar André para conferir um mínimo de habilidade ao setor vital de qualquer equipe. Mas, com o perdão do mestre, é perda de tempo. A não ser que André ocupe o lugar de Edimilson e o menino Denílson seja reconduzido à meia, no lugar de Aílton. Aí, sim, a coisa pode começar a melhorar. Texto Anterior: Amorim planeja explorar faltas e escanteios Próximo Texto: EM MOGI MIRIM Índice |
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