São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996 |
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Exército manda 3 mil soldados para todo o Estado
ARI CIPOLA
A crise financeira do governo alagoano contribuiu para acirrar a violência política local. É a primeira vez que Alagoas terá tropas federais em todos as suas cidades. Isso era comum em cidades problemáticas, principalmente as sertanejas. Mas, este ano, a violência política chegou até a capital. Quinze pessoas morreram durante comícios em Maceió e no interior. A Secretaria de Segurança Pública registrou atentados contra candidatos, prefeitos e assessores em Água Branca, Pindoba, Maceió, Messias e União dos Palmares. Um prefeito e um candidato a vice-prefeito morreram baleados. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu acatar o pedido do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) depois de recusá-lo duas vezes. O TSE recuou depois que duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas em um atentado contra o trio-elétrico do candidato governista à Prefeitura de Maceió, deputado federal Albérico Cordeiro (PTB-PMDB-PSDB). Para as 21 cidades consideradas problema, em que há candidatos ameaçados de morte, o Exército enviará um contingente reforçado em comparação a municípios tidos como mais calmos. A operação será organizada pelo comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada do Comando Militar do Nordeste, general José Mauro Moreira Cupertino. As tropas estão sendo remanejadas das unidades do Exército de Garanhuns, Petrolina, Paulo Afonso e Recife. Em Maceió, o contingente é insuficiente. Existem apenas 700 homens do Exército em Alagoas. O valor total da operação não foi revelado pelo Comando Militar do Nordeste nem pelo TRE. Além do Exército, a Polícia Militar também começou a remanejar sua tropa para o interior. No total, 4.100 homens começaram a viajar anteontem para o interior. Texto Anterior: Cássio Taniguchi; Carlos Xavier Simões Próximo Texto: Cunhado de Jereissati renuncia Índice |
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