São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Alcatel faz acordo com metalúrgicos

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Alcatel Telecomunicações (subsidiária do grupo francês Alcatel) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo assinaram ontem um acordo coletivo que muda a política salarial da empresa.
O acordo desvincula os reajustes das faixas acima de 15 salários mínimos dos percentuais fixados por acordo judicial, dissídio coletivo e negociação entre os metalúrgicos e as entidades patronais do setor.
Pelas condições acertadas, as faixas salariais acima de 15 mínimos obterão reajustes "a critério da empresa", com base em sua estrutura de cargos e salários e no desempenho de cada empregado.
O acordo foi assinado pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Ferreira da Silva, o Paulinho, e pelo presidente da Alcatel, Jean-François Fille. Quatro empregados da empresa assinaram como testemunhas.
A Alcatel, por sua vez, prometeu manter, pelo menos, o número de empregados existente em 31 de julho (1.035) até o final do ano e fixou uma política de entendimentos com o sindicato.
Disparidade
O principal motivo do acordo é a disparidade entre as faixas salariais na Alcatel, com rendimentos distintos para uma mesma função.
A Alcatel brasileira nasceu da aquisição de cinco empresas -Multitel Sistemas, Standard Elétrica, ABC, Elebra Telecom e Sesa Rio-, que tinham políticas salariais diferentes.
Segundo Geraldino dos Santos Silva, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, o salário médio na Alcatel é de R$ 2.600,00. A média na categoria é de R$ 912,00.

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