São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Brasil e Cuba têm pacto de não-agressão

Times selam o fim de hostilidades

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

As seleções femininas de vôlei do Brasil e de Cuba selaram um pacto de não-agressão após a briga que confrontou jogadoras das duas equipes durante a disputa do Grand Prix, em Xangai, China.
A revelação foi feita ontem de manhã, no Rio, pelo técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, logo após o desembarque da seleção, campeã do Grand Prix pela segunda vez no último domingo.
"Está na hora de acabar com isso", declarou o treinador.
A briga ocorreu em seguida à vitória brasileira na partida contra as cubanas. Na Olimpíada de Atlanta, em agosto, jogadoras de Brasil e de Cuba já tinham trocado tapas, socos, pontapés e xingamentos.
Participaram das duas reuniões que selaram o acordo de paz dirigentes e membros das comissões técnicas das duas seleções.
O presidente da Federação Internacional de Vôlei, o mexicano Rubén Acosta, esteve nos encontros como uma espécie de mediador.
A primeira reunião ocorreu logo após o jogo. A segunda, no dia seguinte. Bernardinho foi a ambas.
"Conversamos sobre a impossibilidade de se continuar nesse ritmo, com essas atitudes, porque ia acabar em agressões mais sérias. Queremos que a rivalidade seja algo sadio, que promova o vôlei", afirmou ele.
Para Bernardinho, as jogadoras com "pavio mais curto têm que aprender a se controlar."
O técnico disse que as atletas estão conscientes da necessidade de parar com as brigas.
"As próprias jogadoras conviveram depois. Dividiram espaço, estiveram juntas. Sem amizade, mas com respeito, que é a coisa mais importante", disse ele.
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, enviou uma carta anteontem ao secretário-geral do Comitê Olímpico Cubano, Reynaldo Gonzalez, sugerindo a realização de um "jogo da amizade" entre as equipes em julho de 97, no Rio.
No desembarque, Bernardinho admitiu deixar o comando da seleção brasileira após a disputa, em novembro, do World Super Challenge, em Tóquio, no Japão.
"Mudanças podem acontecer. Não sei o que vou fazer depois de novembro", disse o treinador, cotado para assumir o comando da seleção brasileira masculina de vôlei, atualmente sem técnico.

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