São Paulo, sexta-feira, 4 de outubro de 1996 |
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'Antarctica Artes" mostra novíssimos
DA REPORTAGEM LOCAL O mesmo parque Ibirapuera que abriga a Bienal, no pavilhão Ciccilo Matarazzo, também abriga a mostra "Antarctica Artes com a Folha", no pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, a antiga sede da Prefeitura. A entrada da Bienal é pelo portão três. A do "Antarctica Artes" é pelo 10.A mostra reúne cerca de 200 obras de 62 artistas selecionados pelos curadores Tadeu Jungle, Nelson Brissac Peixoto, Stella Teixeira de Barros, Lorenzo Mammi e Lisette Lagnado em viagens a todo o país. A principal característica da mostra é a multiplicidade. Foram selecionados artistas que trabalham com pintura, gravura, fotografia, instalação, objeto, desenho, performance, vídeoinstalação e multimídia. A única regra era a idade, que não podia ultrapassar 32 anos. Além de realizar a mostra, o projeto premiou três dos artistas com uma viagem à Documenta de Kassel, na Alemanha, uma das mais importantes feiras de arte do mundo, e concedeu três menções honrosas. Os premiados foram a mineira Rivane Neuerschwander, o baiano Marepe e o artista performático capixaba Cabelo. As menções ficaram com o carioca Jarbas Lopes e com os mineiros Roberto Bethônico e Rodolfo Magalhães. Além da geopolítica e das linguagens de trabalho, a multiplicidade se revela ainda nos materiais usados pelos artistas. Rivane, por exemplo, construiu uma obra com cascas de alho. Uniu-os obsessivamente, numa trama feminina, intensa e barroca. Cabelo resgatou signos de um universo surrealista em uma perfomance com espectadores e peixes em um aquário. Marepe trabalha com o imaginário das feiras populares nordestinas. O "Antarctica Artes" funciona de terça a domingo, das 14h às 21h. A entrada é franca. Texto Anterior: Brasil chega com ferro, sal, cinza e luz Índice |
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