São Paulo, sexta-feira, 4 de outubro de 1996 |
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Meirelles busca modelo de banco global
GILSON SCHWARTZ
Mas o principal desafio, como declarou ontem na sede do banco, é criar um novo modelo de instituição totalmente globalizada. "No futuro existirão 8 ou 12 bancos realmente globais", afirmou Meirelles. Ele estima em um ano o tempo necessário para definir um modelo consistente com esse objetivo e em 2 a 3 anos o prazo para implementá-lo. A comparação é com a rede de lanchonetes McDonald's: "Qualquer um faz sanduíches. Mas o modelo vencedor, capaz de sobrepor-se às peculiaridades de cada mercado, cria um padrão próprio, aplicável no mundo todo". Seja qual for o modelo, o ponto de partida é ter escala. O BankBoston é o 15º maior banco dos EUA, com US$ 62,4 bilhões em ativos, cem escritórios em 24 países e 650 nos EUA, sendo a terceira maior rede internacional entre os bancos norte-americanos. Cresce também nos EUA. Com força principalmente na Nova Inglaterra, região que passou por uma severa crise financeira no final dos anos 80, recentemente o Boston comprou por US$ 2,2 bilhões o BayBank, tornando-se líder na região. Daí surgiram novos nome (BankBoston) e logomarca. Quanto à expansão fora dos EUA, tudo depende do modelo que Meirelles vai definir, mas a presença crescente nos mercados emergentes é uma certeza. Ontem mesmo, numa visita ao Fed de Boston (parte do BC dos EUA), Thomas E. Cimeno Jr., vice-presidente da área de supervisão, perguntava se no Brasil existe alguma prevenção à expansão de bancos estrangeiros. Texto Anterior: Bradesco capta US$ 125 mi no exterior Próximo Texto: Bolsas internacionais fecham em baixa Índice |
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