São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996
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Denúncias marcam apuração em Salvador

MARTA SALOMON; LUIZ FRANCISCO
DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

Com um dos maiores índices de urnas eletrônicas quebradas no país (7,9% do total), a eleição em Salvador enfrenta uma batalha jurídica comandada pelos candidatos adversários do virtual prefeito eleito Antônio Imbassahy (PFL).
O principal trunfo da oposição para tentar impedir que Imbassahy fosse declarado eleito ontem no primeiro turno é o vazamento da senha de alta segurança -a que permite a abertura dos trabalhos de totalização dos votos na capital.
A senha BABAJ20 deveria ser de conhecimento exclusivo do juiz Jafeth Eustáquio, que demorou mais de uma hora para localizá-la até o início dos trabalhos, na noite de quinta-feira.
O juiz alegou que havia esquecido a senha no cartório da 2ª zona eleitoral e que um mensageiro se atrapalhou quando foi buscá-la.
Para provar o vazamento, a senha aparece em denúncia formalizada por fax junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelos partidos de oposição na madrugada.
Além das urnas quebradas, 135 disquetes com votos de eleitores de Salvador foram considerados inválidos pela Justiça Eleitoral.
Segundo queixa dos partidos de oposição, o TRE não tentou recuperar as informações desses votos nas urnas eletrônicas, como estabelece a resolução 19.541 do TSE.
"Não conheço as denúncias, mas isso acontece sempre. Não dou a menor importância. Não me cabe julgar o número de urnas quebradas", disse Imbassahy.
(MARTA SALOMON e LUIZ FRANCISCO)

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