São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996
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Desemprego cresce nos EUA em setembro

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O índice de desemprego cresceu no mês passado nos EUA. É a primeira queda do nível de emprego registrada em 96.
Dados divulgados pelo Departamento de Trabalho norte-americano mostram que 40 mil postos de trabalho foram fechados em setembro.
O índice de desemprego passou de 5,1% em agosto, para 5,2% no mês passado.
Apesar de pequena, a queda de 0,1 ponto percentual no nível de emprego norte-americano confirma a queda da atividade econômica prevista pelo Fed (o banco central dos EUA), que decidiu não aumentar a taxa de juros semana passada.
Ritmo mais lento
Segundo os analistas, a queda no nível de emprego mostra que diminuiu o ritmo de expansão da economia norte-americana.
Isso significa que o Fed não deverá elevar os juros tão cedo, o que representa uma boa notícia para a economia brasileira.
Para o presidente Bill Clinton, que está em campanha para ser reeleito, os números divulgados pelo Departamento do Trabalho também podem ser considerados uma boa notícia.
Isso porque o índice de desemprego se mantém em níveis que não se registravam desde a década de 70. Em agosto, por exemplo, foram criados 240 mil novos empregos e o desemprego caiu de 5,4% para 5,1%.
Segundo o Departamento de Trabalho, o primeiro aumento do desemprego registrado em 96 foi provocado, em parte, por uma redução de postos de trabalho nos setores do ensino público e da indústria.
A divulgação do novo índice de desemprego coincidiu com a entrada em vigor do novo salário mínimo norte-americano, que foi reajustado em US$ 0,25 e passou para US$ 5 a hora.
A expectativa dos analistas é saber se o aumento terá efeito sobre os preços nos EUA.
Recorde em Wall Street
O aumento do índice de desemprego e o fim da ameaça do retorno da inflação fizeram a Bolsa de Valores de Nova York registrar novo recorde de negócios.
O índice Dow Jones (que reúne as ações mais negociadas em Nova York) subiu ontem 60 pontos e fechou em 5.9992,86 pontos, muito perto da "barreira psicológica" dos 6.000. O volume de negócios superou 463 milhões de ações, o mais alto da semana.

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