São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Precisa dizer mais?; Salto alto; Pecou por excesso; Trabalho forçado; Sem chance; Exageraram na dose; Puxão de orelha; Maioria xiita; Coisa nossa; Baixando a bola; Diversionismo oficial; Ameaça vermelha; Velha ladainha; Só barulho; Bolsa de apostas; Boa vizinhança Precisa dizer mais? Do próprio FHC, sobre o futuro de Serra: "O Serra volta para o governo se ele quiser. Com certeza, não para o lugar de Kandir. É improvável que seja para um ministério econômico. Mas acho que o Serra não está interessado em voltar para o governo". Salto alto O Planalto está satisfeito com o trabalho de Kandir no Planejamento, mas acha que o ministro está começando a colocar as asinhas de fora para o lado de Malan (Fazenda). A exemplo do que Serra fez, sem sucesso. Pecou por excesso Um gabinete da Fazenda avalia que Kandir exagerou na dose, propondo um plano de metas que dificilmente será cumprido. O Planejamento estaria incentivando outros ministros a pressionar Malan a liberar verbas. Trabalho forçado Amin diz que o PPB desistiu de pedir a demissão de Serjão a FHC. "Vamos converter a pena em serviço civil obrigatório, que é um projeto do ACM: vai ter que reassumir o Ministério das Comunicações e dar expediente." Sem chance Além de ser contra o plebiscito, o Planalto poderia estimular problemas na tramitação do projeto de Almino Affonso (PSDB) que regulamenta o tema. Exageraram na dose Caciques do PMDB acham que fizeram mau negócio deixando o ministro Luiz Carlos Santos dinamitar o partido em São Paulo para favorecer Serra. Aprovam o enfraquecimento de Quércia, mas temem afundar juntos. Puxão de orelha Genoino diz que o ataque do PT mineiro a Célio de Castro (PSB) foi um erro. "Ajudou-o a crescer ainda mais." Maioria xiita O diretório do PT em Belo Horizonte, contra a vontade do prefeito Patrus Ananias e do candidato derrotado Virgílio Guimarães, tende a recomendar voto nulo no 2º turno, em vez de apoiar Célio de Castro (PSB). Coisa nossa O grupo de articuladores da reeleição de FHC se autodenomina "A Sociedade". Baixando a bola O publicitário Duda Mendonça recomendou a Maluf que diminuísse o tom das críticas a FHC, sob pena de assumir o papel do ministro Sérgio Motta (Comuniçações) como a metralhadora giratória de plantão. Diversionismo oficial Na avaliação do Planalto, é preciso esfriar um pouco o tema reeleição. Para impedir o contágio das "paixões eleitorais". Mas nada que impeça a instalação da comissão especial até a penúltima semana de outubro. Ameaça vermelha Para o comando político de FHC, o crescimento do PT nas eleições fortaleceu a proposta da reeleição. Ao recolocar Lula como alternativa ao presidente, desperta velhos fantasmas adormecidos no Congresso. Velha ladainha A prioridade máxima do Planalto, nos próximos dias, é isolar do governo federal o resultado das eleições, que chama de " fenômeno local". Alega que isso será fundamental para o andar das reformas no Congresso. Só barulho O governo promete jogar todas as fichas na votação da reforma administrativa, a única com chances de desencalhar na Câmara, neste ano. Mas na reabertura do Congresso, amanhã, não há nenhuma reforma em pauta. Bolsa de apostas Para um ministro, a mudança ministerial prevista para fevereiro não deve ser chamada de reforma. Pode se resumir a um nome novo nos Transportes e à mudança de posto de Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Boa vizinhança Menem, que já se livrou do problema da reeleição, enviou telegrama a FHC felicitando-o pelas eleições. "Um exemplo para todos os países da região, que fortalece a vocação democrática do Mercosul", diz. TIROTEIO De Lula (PT), sobre o ministro Kandir (Planejamento) dizer que o país pode crescer 9% se for aprovada a reeleição de FHC: - Conviveu demais com o Collor e aprendeu a contar lorotas para subir na vida. Ele e os ministros que defendem a reeleição estão é preocupados em manter seus empreguinhos por mais quatro anos. Próximo Texto: Vantagem em tudo Índice |
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