São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996 |
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A corrida armamentista na América Latina . Escândalo Equador e Peru entram em guerra pela definição da fronteira, e a Argentina, em escândalo descoberto recentemente, vende armas para os equatorianos. A investigação está na Justiça. O fornecimento teve caráter de suposto contrabando, uma vez que os próprios militares argentinos reclamam da situação de penúria em que estão mergulhados . Contra-reação Sem poder comprar armas do EUA, por causa de uma lei aprovada pelo Congresso norte-americano proibindo o fornecimento ao governo militar do general Pinochet, o Chile cria uma forte indústria básica de material bélico, que impede o sucateamento de suas Forças Armadas . Plano Alcazar Sob o comando de Pinochet, o Exército chileno quer se tornar o mais eficiente da América Latina e monta um programa de reequipamento que vai até 2010. É o legado do general, que terá de se aposentar no próximo ano . PPA militar Os militares brasileiros foram aquinhoados, no Plano Plurianual do governo FHC, com R$ 10,6 bilhões. Dinheiro para gastar até 99. O Exército já comprou tanques, quer vitaminar o projeto Calha Norte e pesquisa preços para tirar do papel o projeto FT-90 -modernização da força terrestre de pronto emprego elaborada no governo Sarney . Marinha, em frente A Marinha brasileira trabalha na construção do submarino nuclear, tem no estaleiro, em construção, pelo menos dois submarinos IKL que transportam torpedos eletroacústicos, e está para receber quatro fragatas que levam mísseis Sea Wolf e Exocet . Uruguai, inquieto O movimento dos militares uruguaios por melhores salários tende a deixar as casernas e a se tornar público. Os líderes políticos e chefes militares abortaram recentemente a divulgação de um manifesto que acusava uma suposta "nova ordem mundial de tentar acabar com as Forças Armadas na América Latina" . Antiamericanismo Pelo menos três exércitos -Brasil, Chile e Uruguai- cultivam hoje um forte senso antiamericano. Os três resistem à idéia dos EUA de emprego das Forças Armadas no combate ao narcotráfico. Os militares brasileiros acreditam que a ameaça de invasão da Amazônia vem do Norte (EUA) e, junto com os chilenos, esnobam a indústria bélica norte-americana na compra de armas. Preferem a Europa Texto Anterior: EUA revêem legislação Próximo Texto: Brasil compra estações de comunicação da França Índice |
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