São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996
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Goiânia implanta catracas eletrônicas

LAURO VEIGA FILHO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA

A partir de agosto de 1997, o transporte coletivo de Goiânia deixará de usar o trabalho de cerca de 3.000 cobradores para passar a operar com catracas e cartões eletrônicos. A inovação foi anunciada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setransp).
Ontem, em Valence, na França, o Setransp e a Ascom-Monetel -grupo de capital franco-suíço- assinaram contrato de R$ 12 milhões para fornecimento e instalação de equipamentos e tecnologia do Sitpass -nome do projeto.
Os cobradores hoje empregados pelas empresas de transporte, de acordo com o presidente do Setransp, Edmundo de Carvalho Pinheiro, terão garantia de emprego por 24 meses após a implantação.
Eles terão cursos de reciclagem profissional para ser reaproveitados na área de venda de bilhetes magnéticos e cartões, fiscalização e, eventualmente, como motoristas. "Vamos garantir 100% dos quadros", afirmou Pinheiro.
A hipótese de demissões, porém, não está descartada. "Lógico que haverá algum desemprego", disse Renan Ferreira da Rocha, diretor-financeiro do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Goiás.
Rocha confirmou o compromisso de garantia de emprego entre seu sindicato e o Setransp, acrescentando que não há, porém, uma proposta concreta sobre o assunto, que ainda terá que ser detalhado. "Eles serão reciclados e até podem ser terceirizados, passando a vender bilhete fora dos ônibus."
A Prefeitura de Goiânia, controlada pelo PT, tem participação minoritária na definição da política de transporte urbano na capital, mas aprovou o projeto de automação do sistema. "Exigimos que não houvesse demissão", afirmou o superintendente municipal de trânsito, José Carlos Xavier.
Rede de computadores
O projeto custará R$ 14 milhões, incluindo uma rede com 125 microcomputadores e os programas de computador.
A rede vai interligar nove garagens e terminais de integração das empresas concessionárias -além dos atuais 1.157 ônibus- a duas centrais, onde estarão instalados bancos de dados responsáveis pelo armazenamento de informações sobre faturamento, número de passageiros transportados, horário e velocidade dos ônibus.
No segundo ano após sua implantação, o sistema deve permitir, segundo cálculos do Setransp, uma redução de custos de 12%.

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