São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996 |
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Rio institui embrião de liga nacional
MÁRIO MAGALHÃES
A afirmação foi feita pelo vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Miranda, antes da reunião que, à noite, fundaria a liga, no estádio de São Januário, no Rio. "É claro que o principal é a liga nacional, para defender os interesses dos clubes em conjunto", afirmou o dirigente vascaíno. O presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, disse acreditar que a liga do Rio será o rastilho para o surgimento de outras pelo país, além de uma com os grandes clubes brasileiros. Para Montenegro, a criação de ligas é uma consequência da penúria dos clubes. "O futebol brasileiro chegou ao fundo do poço." A liga do Rio será registrada como sociedade civil sem fins lucrativos. Ela será legalmente independente da Federação de Futebol do Estado do Rio e da Confederação Brasileira de Futebol. A criação de ligas autônomas foi permitida pela Lei Zico, aprovada em 93. Sua implantação é a maior mudança na estrutura do futebol brasileiro nos últimos anos, ao lado da flexibilização da lei do passe de jogador, prevista para vigorar a partir de 1º de janeiro. Os dirigentes dos clubes cariocas conversaram com o presidente da Federação do Rio, Eduardo Viana. "Nossa proposta não é dividir, não é dar porrada, mas defender os clubes", disse Montenegro. As primeiras iniciativas da liga são a mudança na fórmula do Campeonato Estadual de 97, com 8 clubes em vez dos atuais 12, um acordo em bases mais altas para a venda de direitos de TV e a realização de um Torneio Rio-SP. A criação de ligas foi incentivada pelo 1º Fórum de Debates Sobre o Futebol, promovido pela CBF em agosto. Próximo Texto: Fifa serve como modelo Índice |
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