São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996
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Petista repudia tentativa de aproximação de Cabral e Conde

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato derrotado do PT à Prefeitura do Rio, vereador Chico Alencar, repudiou ontem -com duras críticas a Sérgio Cabral Filho (PSDB) e Luiz Paulo Conde (PFL)- o assédio que seu partido tem sofrido por parte das duas legendas, que ambicionam o apoio petista no segundo turno.
O petista, que teve 18,85% dos votos, classificou de "oportunismo eleitoreiro" acenos feitos pelo governador Marcello Alencar, que tem dito que o candidato do PSDB poderá adotar, em seu hipotético governo, propostas petistas, como o orçamento participativo.
Para Chico, Conde e Cabral "desprezaram a sociedade civil organizada" e não apresentaram "propostas consequentes" para os setores de educação, transportes, saúde pública e emprego.
Ele comparou Cabral a uma "biruta de aeroporto, que muda de posição ao sabor do vento", e disse que Conde, "depois das aulas com Glorinha Beutenmüller (fonoaudióloga)", passou a falar menos.
"Conde e Cabral não foram a nenhum dos 12 debates organizados por entidades, universidades, igrejas, cooperativas no primeiro turno." Chico voltou a dizer que se inclina pelo voto nulo e que essa deve ser a decisão do partido na convenção de domingo.
Cabral Filho está pessoalmente empenhado na operação para tentar conseguir o apoio petista.
Ele conversou anteontem com o vereador Jorge Bittar e afirmou aceitar discutir pontos programáticos. E também criticou o que chamou de "elitismo" de Conde.
A conversa aconteceu por telefone. O presidente do PSDB carioca, vereador Otávio Leite, estava em seu gabinete, conversando com Bittar, quando Cabral Filho, que estava em São Paulo, telefonou.
O petista respondeu aconselhando os tucanos a procurar as instâncias formais do partido.

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