São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 1996
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200 mil cassetes ilegais são apreendidos

ERIKA SALLUM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Cerca de 200 mil fitas cassete piratas foram apreendidas pela polícia ontem, na Galeria Pajé, região central de São Paulo.
Há dois meses a polícia vinha investigando a falsificação de cassetes, a pedido da Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (ABDIF).
A apreensão teve início às 11h30 e terminou por volta das 16h.
Segundo o delegado responsável pela operação, Ademerval Mendes da Silva, do 39º DP, aproximadamente 50 pessoas foram detidas, sob acusação de violação dos direitos autorais, falsificação e estelionato, além de sonegação de impostos.
"Devido às dificuldades em se apurar o caso, não houve prisão em flagrante. Estamos interrogando as pessoas, que, provavelmente, serão liberadas", disse Silva.
O delegado-titular do distrito, Luis Carlos Ferreira, afirmou que, entre as fitas apreendidas, grande parte é da trilha sonora da novela "O Rei do Gado", da Rede Globo.
Segundo Silva, as fitas eram, em geral, "de cantores de grande sucesso popular".
Mercado Negro
Cerca de 60 milhões de fitas ilegais foram comprados no ano passado, enquanto o mercado oficial vendeu 7 milhões.
Nos primeiros seis meses de 1996, a indústria do cassete caiu 36% -uma das principais razões é o crescimento desse mercado clandestino.
Para que a pirataria não chegue ao CDs, a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) criou, em janeiro, a ABDIF.
Sediada em São Paulo, a associação conta com equipes de advogados e investigadores, que descobrem e denunciam à polícia onde se localizam os focos de pirataria no país.
Segundo a ABDIF, São Paulo e Paraná são os principais produtores de cassetes piratas.
A partir de 97, a ABPD vai colocar, em cada CD e fita cassete, um selo de garantia, evitando que produtos oficiais sejam confundidos com piratas.

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