São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996 |
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Polícia identifica sequestrador morto Marco Antônio estuprou uma aluna JOÃO BUSSAB
Segundo João Roque Américo, delegado titular do 20º DP, na Água Fria, zona norte, o estuprador suicida era o motorista Marco Antônio Prado, 37. Ele tinha passagens pela polícia. Uma delas por estupro. Américo acredita que Prado tenha praticado outros estupros. R.L.C. (a família pediu que ela não fosse identificada) foi sequestrada, segundo a polícia, por volta das 19h de segunda-feira, perto da faculdade Anhembi Morumbi (Vila Olímpia, zona sul), onde faria uma prova do curso de turismo. Ela foi abordada por Prado, que entrou armado no Monza da estudante e a fez levá-lo à zona norte. O motorista tentou, sem sucesso, sacar dinheiro em diferentes caixas eletrônicos com o cartão da vítima. R.L.C. foi levada a um matagal, onde teria sido estuprada. O homem a obrigou, depois, a telefonar para os pais. Pediu um resgate de R$ 1.000,00, mas, logo em seguida, baixou o pedido para R$ 500,00. Após ser preso e levado para o 20º DP, Prado teria se jogado contra uma porta de vidro. Com um dos cacos, atingiu várias vezes o próprio abdome e a garganta, morrendo em poucos minutos. Segundo o delegado Américo, Prado foi identificado pela irmã Vera Lúcia no IML (Instituto Médico Legal) durante a madrugada. "Ela já tinha passagens, todas contra mulheres, por roubo, lesão corporal, estupro e atentado violento ao pudor", disse Américo. O estupro e o atentado violento foram registrados no próprio 20º DP, onde Prado se matou, em novembro do ano passado. Por coincidência, a equipe de plantão era a mesma que quase prendeu Prado na ocasião, mas ninguém reconheceu o motorista. "Ele estava mais magro e barbudo", disse o delegado. Américo divulgou ontem uma foto do motorista. O objetivo é tentar esclarecer outros crimes, entre eles estupros, que poderiam ter sido praticados por Prado. Anteontem à noite, estudantes da faculdade Anhembi Morumbi fizeram um protesto nas avenidas Santo Amaro e Hélio Pellegrino contra a falta de segurança. *Colaborou João Bussab, da FT Texto Anterior: Cunhada de deputado é libertada Próximo Texto: Empresário aguarda poda de árvore Índice |
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