São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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Preso em PE advogado acusado pelo assassinato de decoradora

Réu chega hoje a SP, após ficar mais de 2 anos foragido

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia paulista prendeu ontem o advogado Jorge Henrique Marjorine, o único acusado da morte da decoradora Gisele Balesteiros Ribeiro Pascini que estava foragido desde que a prisão dos réus havia sido decretada, em 1994.
O advogado foi detido em Recife (PE) e chega a São Paulo, hoje, escoltado por um delegado e dois investigadores. Naquela cidade, ele estaria trabalhando como gerente de uma pizzaria.
"Ele estava usando o nome falso de Felipe Lino Cardoso", disse a advogada da família de Gisele, Liliane Prinzivalli. Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Marjorine intermediou a contratação dos executores de Gisele.
A decoradora foi sequestrada em 8 de junho de 1993 quando saía da casa dos pais, no Carandiru (zona norte). Seu corpo foi encontrado dois dias depois em Parati (RJ) com 12 tiros nas costas e na nuca.
Segundo a polícia, Marjorine também teria sugerido o assassinato ao marido da decoradora, o falso médico endocrinologista Bruno Pascini. A decoradora estaria querendo a separação e teria ameaçado denunciar negócios ilícitos de Pascini.
Logo após ter a prisão decretada, Marjorine fugiu para o Uruguai. A polícia daquele país o localizou e o prendeu. Mas a Justiça uruguaia resolveu não extraditá-lo ao Brasil.
No ano passado, Marjorine teria retornado ao país. Ele teria se escondido na casa de amigos. No ano passado, o advogado teria sofrido um grave acidente de carro.
Pascini, o advogado Simdbad Thadeu Focáccia e os ex-PMs Marcelo Lunardelli e Fernando Pinheiro Cavalcante já foram condenados pelo 1º Tribunal do Júri no processo sobre a morte de Gisele.
Focáccia foi condenado a 19 anos de prisão, os ex-policiais a 28 anos, e Pascini, a 30 anos. O falso médico, Focáccia e Marjorine sempre negaram o crime. Os ex-PMs confessaram o assassinato e apontaram os três como mandantes.

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