São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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BC vende dólares para esfriar mercado

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

Uma inesperada procura por dólares no mercado pressionou para cima a cotação da moeda norte-americana ontem.
Segundo operadores, o que houve foi apenas falta de liquidez.
Os negócios com dólar comercial abriram com certa tranquilidade, na faixa de R$ 1,0237/1,0239.
A pressão altista começou logo no final da manhã, com os preços na casa de R$ 1,0250.
No início da tarde, as cotações já estavam "furando" o teto da minibanda (R$ 1,0285), fazendo o Banco Central (BC) entrar no mercado para realizar leilão de venda.
O BC abasteceu quem precisava de dólares a R$ 1,0285 (teto da minibanda).
A procura teria sido tão intensa que algumas instituições estiveram dispostas a pagar até R$ 1,0290 pela moeda norte-americana, só não conseguindo porque não havia dólar para vender.
Mas o mercado futuro foi o melhor indicador de que a "puxada" de ontem não refletiu nenhuma preocupação com mudanças na atual política cambial do governo.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato com vencimento no primeiro dia útil de novembro ficou estável. O de dezembro caiu 0,01%. Nos demais meses também não houve oscilações importantes.
Segundo operadores, a falta de dólares estaria relacionada a grandes saídas financeiras e fechamentos de contratos de importação.
Pelos cálculos dos operadores, o fluxo negativo teria ficado ontem em torno de US$ 81 milhões.
Apesar de o mercado de dólar flutuante também ter ficado pressionado, o BC não chegou a atuar nesse mercado ontem.
Bolsas
No mercado de ações, não houve grandes destaques.
As atenções do mercado começam a se voltar para os vencimentos de contrato futuro de índice (dia 16), e de opções (dia 21).
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou praticamente estável.
O índice Bovespa caiu 0,06%, com 66.267 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 381,44 milhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,15%, com o avanço para 6,88% ao ano do juro dos T-Bond (títulos norte-americanos de 30 anos).

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