São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996 |
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Vizinhança se 'excita' com estádios Fã usufrui da proximidade de clube JOSÉ ALAN DIAS
O aposentado Manoel Lopes y Lopes, 73, aproveita a vizinhança com o ginásio municipal de Sorocaba (87 Km a noroeste de São Paulo), para acompanhar os treinos e jogos da equipe de vôlei feminino do Leites Nestlé. Lopes, inclusive, é dono de duas cadeiras cativas no ginásio. "Sou uma pessoa que gosta muito de esporte. Acompanho quase todos os treinos. Mas jogos, eu não perco um." A comerciante Renata Caziano, 21, também usufrui de seu "vizinho", o ginásio do Report/Suzano. Ela diz que nos dias de treinos os jogadores passam correndo em frente a sua casa. "Vejo os jogadores com frequência. A gente acaba conhecendo todo mundo", afirma Renata, fã do atacante Giovane, da seleção brasileira, e que atua no Report. No caso de Renata, a desvantagem é que o técnico Ricardo Navajas não permite que os treinos no ginásio sejam assistidos por fãs ou parentes dos jogadores. "Às vezes, eu fico nervoso. E não quero deixar os jogadores constrangidos na frente de outras pessoas", diz o técnico. Outro que também aproveita a proximidade com os clubes é o representante de vendas Róbson Bertolotto. Ele afirma demorar apenas três minutos para ir de sua casa até o Corinthians para assistir aos treinos da equipe de basquete. Bertolotto, 23, assiste a pelos menos três treinos por semana. No Corinthians-Amway atua o ala Oscar, ex-seleção brasileira. "Quando eu posso, trago minha namorada junto. Acho que sou apenas um simpatizante." O "vizinho" acompanha as partidas do time desde 95, quando Oscar voltou para o Brasil. Bertolotto já foi de moto a Santa Cruz do Sul (RS) ver um jogo entre o Corinthians-Amway e a equipe local Pony-Corinthians. Bagunça O aposentado Lopes diz que já se acostumou com o barulho e a bagunça nos dias de jogos. "Tem gente que não gosta. Mas eu não me importo. Não mudaria para outro lugar de jeito nenhum." Nas partidas importantes, o Leites Nestlé costuma colocar um "trio elétrico" próximo ao ginásio. Lopes mora na mesma rua desde antes a construção do ginásio, inaugurado em 1950. "O barulho é intenso, mas não chega a atrapalhar", afirma Renata Caziano. Segundo ela, a "bagunça" só acontece após as partidas."Tem muita gente na rua, carros." Renata diz que somente num jogo entre Report e Palmeiras, em 92, houve confusão e foi necessário que a polícia interviesse. "Foi horrível. Eu estava vendo o jogo e tive quer correr para casa. A sorte é que é pertinho." Texto Anterior: Anteontem Próximo Texto: Corintiano esnoba seu 'vizinho', o Palmeiras Índice |
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