São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996 |
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Dicionário de arte inclui 15 mil ilustrações
LUCIA MARTINS
Segundo os organizadores, esse é o maior dicionário de artes produzido no mundo. "Estamos no mercado de dicionários há muito tempo e não conheço outro tão grande", afirmou à Folha Ian Jacobs, diretor editorial da Mcmillan, responsável pela publicação. Para fazer uma tiragem inicial de 30 mil exemplares, a editora gastou US$ 45 milhões e teve que contratar 6.700 especialistas e mais 450 pessoas que trabalharam em ilustrações, acabamento, tradução etc. O índice é dividido por ordem alfabética e tem 41 mil entradas diferentes. O dicionário foi traduzido para 26 línguas diferentes por colaboradores de 120 países. O preço também intimida: US$ 8.625 (cerca de US$ 253 por volume). Até o final do ano a editora está fazendo uma promoção e vendendo por US$ 7.500. Os números não acabam. O dicionário inclui biografias de 3.700 arquitetos, 9.000 pintores e 2.500 escultores. Cobre toda a história das artes visuais (pintura, design, fotografia, filmes experimentais etc.), fala de teoria da arte, negociantes de artes e colecionadores. O capítulo dos colecionadores, por exemplo, engloba de Rubens a Hermann Goering, principal homem de Hitler na Alemanha nazista e um grande colecionador. O dicionário dedica um capítulo para a história da arte de cada país e culturas do mundo. O Brasil é um deles. Estatísticas à parte, o dicionário tem muita informação e, normalmente, de uma maneira facilmente compreensível. A história da arte do Brasil, por exemplo, é contada com detalhes desde os tempos da colonização até hoje. Mestres Os mestres da pintura também recebem bastante espaço. Trinta páginas falam de Michelangelo e 18, de Picasso. "Acho que o mérito do nosso dicionário é termos chamado bons especialistas para escrever", diz Jacobs. Há ainda curiosidades como páginas destinadas à relação do feminismo com a arte, à presença gay e lésbica, à arte erótica e à relação da política com a arte. Por fim, tem ainda curiosidades do tipo "você sabia?". Essa seção, por exemplo, conta que o nazista Goering era de uma família de colecionadores. Antes da Segunda Guerra, ele tinha 200 pinturas. Mas, com o fim da guerra, sua coleção passou a reunir 1.375 pinturas e 868 objetos de arte. No Brasil, é possível importar o "Dicionário de Artes" pelo telefone (011) 492-4496. Texto Anterior: Payton mostra talento Próximo Texto: Caetano Veloso inicia turnê européia de "Fina Estampa" Índice |
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