São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996 |
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Madonna divulga diários de "Evita"
CLÁUDIA TREVISAN
Madonna começou a escrever os diários no dia 13 de janeiro deste ano, ainda em Nova York, e tem parto previsto para a próxima semana, em Los Angeles. Em um texto curto, ela fala de seus planos para se encontrar, em Buenos Aires, com pessoas que conheceram Eva Perón. O último diário tem data de 29 de maio. As filmagens haviam acabado e Madonna estava de volta a Nova York. "Eu fiz o melhor que pude. Não há nada mais que eu possa fazer. É o momento de ir para o próximo capítulo de minha vida. Evita deixou o prédio", são as últimas palavras. Entre 13 de fevereiro e 29 de maio, Madonna esteve em Buenos Aires, Londres e Budapeste, com uma rápida passagem por Nova York. Durante esse período, ela escreveu quase todos os dias. Nos diários, Madonna se retrata como uma pessoa incompreendida pela imprensa -e pelo resto do mundo que não a conhece intimamente. "Eu sempre digo que não me arrependo, mas acho que no fim eu me arrependo. Se eu soubesse que seria tão universalmente incompreendida talvez não tivesse sido tão rebelde e dito sempre o que pensava." Em alguns momentos, a cantora revela uma insuspeita insegurança e fragilidade. Como no dia seguinte a um encontro com jornalistas: "Uma entrevista coletiva é equivalente a cem idas ao dentista. Meu coração estava batendo tão forte que eu tinha certeza de que toda a sala podia ouvi-lo". Frequentemente, fala com bom humor de seus percalços em um país da América Latina. "Fui a um coquetel ontem à noite e coletei germes de todo mundo. O costume aqui é se cumprimentar com beijos e não apertar as mãos." Madonna decidiu escrever os diários um mês antes de as filmagens de "Evita" começarem. O filme, dirigido por Alan Parker, retrata a vida de Eva Perón, mulher do ditador argentino Juan Domingo Perón, que se transformou em um mito no seu país. A própria cantora fez o texto de apresentação dos diários para a "Vanity Fair", no qual ela fala da necessidade de registrar a experiência de filmar "Evita". "Eu tinha frio na barriga e sabia que estava na corrida de minha vida. Eu queria lembrar de todos os detalhes. Então, eu comecei..." Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Troféu Juca Pato é entregue ao escritor Marcos Rey em SP Índice |
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