São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Nordeste bate 1º Mundo em celulares

ELVIRA LOBATO

ELVIRA LOBATO; PAULO MOTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Índice na região é maior do que em países da Europa; abundância se deve à insuficiência de aparelho comum

PAULO MOTA
O Nordeste brasileiro bate fácil o chamado Primeiro Mundo se o assunto é telefonia celular.
Em várias capitais da região, o índice de aparelhos por número de habitantes é quase duas vezes superior ao de países europeus.
Salvador, por exemplo. De cada cem baianos que moram na capital, seis têm telefone celular. Na França, por exemplo, a média é de apenas 3,4.
Pronta entrega
Em relação à Grande São Paulo, a comparação é ainda mais desfavorável. Só dois, em cada cem paulistas, têm celular.
E enquanto em capitais nordestinas a entrega é imediata, na região metropolitana de São Paulo a lista de espera tem 470 mil interessados inscritos desde 1994.
O fenômeno nordestino se deve tanto ao interesse das telefônicas estatais em se anteciparem aos concorrentes privados como à insuficiência de telefones comuns.
O uso do celular é disseminado também entre trabalhadores de menor poder aquisitivo.
É o caso da confeiteira e copeira Ilda Gomes da Silva, de Fortaleza, que, após comprar telefone celular, há seis meses, viu as encomendas crescerem 40%. Ela recebe pedidos enquanto serve cafezinho.

LEIA MAIS sobre telefonia celular no Nordeste na pág. 2-16

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