São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Recuperação precisa de crédito e prazos

DA REPORTAGEM LOCAL

A possível volta dos financiamentos diretos ao comprador de imóveis, e não à produção, pode dar novo fôlego à venda de usados.
O presidente da CEF (Caixa Econômica Federal), Sérgio Cutolo, tem afirmado seguidamente que as novas linhas de crédito para a classe média que a instituição planeja lançar terão esse perfil.
A CEF é, tradicionalmente, o maior concessor de financiamentos habitacionais do país.
Para Roberto Capuano, presidente do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), os financiamentos bancários, quando feitos para a compra de usados, são muito restritivos.
É que a exigência de renda para a concessão do financiamento é elevada (nunca inferior a R$ 2.500), e os bancos evitam financiar imóveis com mais de 20 anos de idade.
Parcelamento
Outro fator que pode auxiliar a recuperação das vendas de usados é a volta dos parcelamentos acertados diretamente entre o comprador e o vendedor.
Capuano acredita que, com o fim da inflação, devem começar a aumentar esses parcelamentos.
"Hoje, já há proprietários que aceitam vender seus imóveis em 12 meses, mas pode chegar a bem mais do que isso."
O principal obstáculo, afirma Capuano, é a herança cultural legada por três décadas de processo inflacionário. Por isso, a maioria dos proprietários ainda prefere negociar seus imóveis à vista.
Mas ele lembra que já foi diferente. "Antigamente, as pessoas vendiam os imóveis em até 36 meses, cobrando juros de 12% ao ano."

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